Portugal reitera a Kyiv apoio a adesão à UE e nas negociações de paz

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, reiterou hoje ao vice-primeiro-ministro ucraniano, Taras Kachka, o apoio português a Kyiv na adesão à União Europeia (UE) e nas negociações de paz com a Rússia.

Rangel diz que acordo comercial com EUA será "muito exigente" para Europa

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Lusa
19/08/2025 23:00 ‧ há 1 hora por Lusa

País

Ucrânia/Rússia

Após reunir-se por videoconferência com os líderes europeus que participaram no encontro de segunda-feira sobre a Ucrânia promovido pelo Presidente norte-americano, Paulo Rangel manteve contacto telefónico com o vice-primeiro-ministro ucraniano, indicou o Ministério na rede social X.

 

Rangel reiterou "o apoio à Ucrânia, à sua adesão à UE e a total solidariedade no quadro negocial que se avizinha", adiantou.

A reunião de segunda-feira em Washington foi convocada por Donald Trump, após uma cimeira no Alasca na sexta-feira com o homólogo russo, que não produziu nenhum anúncio relacionado com um acordo para o conflito.

Marcaram presença na Casa Branca os líderes francês, Emmanuel Macron, e britânico, Keir Starmer, além do chanceler alemão, Friedrich Merz e do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Estiveram ainda presentes a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o Presidente finlandês, Alexander Stubb.

Numa mensagem na rede social Truth, Trump afirmou que, no final da reunião na Casa Branca, telefonou ao Presidente russo, Vladimir Putin, e iniciou "os preparativos para uma reunião, em local a determinar", entre os chefes de Estado russo e ucraniano.

"Após essa reunião, teremos uma reunião trilateral, com os dois Presidentes, além de mim", adiantou.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu hoje que, além das conversações bilaterais e trilaterais entre líderes sobre a guerra na Ucrânia, devem ocorrer conversações quadrilaterais que incluam a UE.

António Costa expressou aos jornalistas, depois de uma videoconferência com líderes europeus, a vontade da UE em estar presente na mesa das negociações, apesar dos possíveis futuros diálogos não incluírem Bruxelas.

A Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões -- Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO.

Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia.

Nos próximos dias, está prevista uma série de reuniões a diversos níveis e formatos para debater as garantias de segurança possíveis.

Os chefes de Estado-Maior das Forças Armadas dos países membros da NATO vão reunir-se na quarta-feira por videoconferência para debater o conflito na Ucrânia e o "progresso dos esforços diplomáticos", anunciou hoje a Aliança Atlântica.

"Amanhã [quarta-feira], por videoconferência, vou organizar uma reunião dos chefes de Estado-Maior das 32 nações aliadas", afirmou hoje o almirante Giuseppe Cavo Dragone, que preside ao Comité Militar da NATO, na rede social X.

Hoje, a "coligação dos voluntários" - cerca de 30 países, sobretudo europeus - reuniu-se para debater as mesmas questões.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado, em ofensivas com 'drones' (aeronaves não-tripuladas), alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.

Leia Também: "Há esperança" nas negociações para pôr fim à guerra na Ucrânia, diz Papa

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