Nuno Vaz referiu que "muito provavelmente" a área ardida hoje poderá atingir os 3.000 a 4.000 hectares, um valor equivalente a um outro incêndio que atingiu o concelho em julho de 2022, percorrendo as mesmas aldeias, mas em sentido inverso.
Em 2022, a área ardida foi de 3.368 hectares.
O autarca disse que a progressão do fogo foi muito rápida e aleatória, por causa do vento forte que atingiu rajadas de 40 quilómetros por hora e que a prioridade dos operacionais foi proteger pessoas e casas.
Referiu ainda que já há alguns dias que este concelho do norte do distrito de Vila Real estava a ser ameaçado pelo incêndio que lavra na Galiza, em Espanha, e que hoje entrou no município pela zona de Cambedo.
Na segunda-feira, já tinha chegado a Vilar de Perdizes, no concelho vizinho de Montalegre.
"Os que estão envolvidos no combate a este incêndio têm realçado que a velocidade a que ele progride é absolutamente assinalável", salientou o autarca.
Nuno Vaz defendeu uma "necessidade muito grande de mobilização de meios" para esta ocorrência, nomeadamente de meios aéreos "em maior quantidade e capacidade" e que possam operar na quarta-feira de manhã.
"Se tivéssemos tido meios aéreos de maior capacidade e não apenas de reação inicial, porventura nós não teríamos tido uma progressão que começou em Cambedo, depois foi para Vilela Seca, seguiu para a Torre, foi ao Couto, à Agrela, Bustelo e Outeiro Seco", apontou.
As chamas chegaram também à zona empresarial de Outeiro Seco.
Porque a prioridade foi salvaguardar pessoas e bens, na floresta o fogo foi progredindo livremente, provocando ainda prejuízos em olivais, soutos e vinhas.
Nuno Vaz apontou ainda para o impacto ambiental, turístico, humano e até afetivo.
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), para esta ocorrência que teve início, em território nacional, às 10h25 de segunda-feira, em Vilar de Perdizes (Montalegre), estavam mobilizados, pelas 22h30, 387 operacionais e 124 veículos.
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