O deputado da Iniciativa Liberal e ex-presidente do partido, Rui Rocha, criticou, esta terça-feira, o facto de o Estado português não saber "quantos alunos há sem professores", após ter sido divulgado o resultado de uma auditoria pedida pelo ministério da Educação.
"O grande projeto do Estado português na Educação é um dia, não se sabe exatamente quando mas obviamente não será para já, saber quantos alunos há sem professor", escreveu no seu perfil na rede social X (antigo Twitter).
E rematou: "Seria cómico se não fosse trágico".
De recordar que, segundo uma auditoria externa pedida pelo ministério da Educação e divulgada na segunda-feira, apurou-se que o sistema existente para saber quantos estudantes estão sem aulas por falta de professor "não permite apurar com exatidão o número de aluno sem aulas".
O Estado português não sabe quantos alunos há sem professor.
— Rui Rocha (@ruirochaliberal) July 1, 2025
O grande projeto do Estado português na Educação é um dia, não se sabe exatamente quando mas obviamente não será para já, saber quantos alunos há sem professor.
Seria cómico se não fosse trágico.
A auditoria pedida à KPMG pelo ministro da Educação, Fernando Alexandre, surgiu após a polémica em torno dos dados sobre alunos sem aulas divulgadas no ano passado pelo ministério.
De acordo com a mesma, existem "lacunas e insuficiências que põem em causa a solidez dos dados reportados pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), referente ao número de aluno sem aulas a uma disciplina, bem como a possibilidade de verificação desse mesmo número para os anos letivos de 2023-2024 e 2024-2025".
Note-se ainda que a Federação Nacional de Professores (Fenprof) também reagiu aos resultados da auditoria, manifestando estupefacção pelo sistema existente não permitir saber quantos alunos estiveram sem aulas.
"A montanha pariu um musaranho: não só não se apurou qualquer número de alunos sem aulas, como se confirmou aquilo que a Fenprof tem vindo a denunciar há muito", escreve a federação em comunicado.
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