Ergue-te (em processo de extinção) desiste de candidatura em Lisboa

O partido Ergue-te, que se encontra em processo de extinção pelo Tribunal Constitucional, decidiu desistir da candidatura à presidência da Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas, revelou hoje à Lusa o presidente honorário do partido, José Pinto Coelho.

José Pinto Coelho - Ergue-te - Debate 20 de fevereiro de 2024

© Pedro Pina - RTP

Lusa
18/07/2025 16:16 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

Autárquicas

"Seria uma participação eleitoral sem sentido", afirmou José Pinto Coelho, confirmando que a candidatura do Ergue-te em Lisboa às eleições autárquicas de 12 de outubro "fica sem efeito".

 

A candidatura do partido nacionalista de extrema-direita Ergue-te à Câmara de Lisboa tinha sido apresentada em fevereiro, tendo como cabeça de lista José Pinto Coelho, que defendeu como prioridade "acabar com o multiculturalismo" existente na capital.

José Pinto Coelho concorreu à presidência da Câmara de Lisboa em 2005, 2007, 2009 e 2017, pelo Partido Nacional Renovador (PNR), antecessor do Ergue-te.

Em declarações à agência Lusa, o presidente honorário do Ergue-te disse que o partido tinha decidido "convergir todos os esforços" para Lisboa nas eleições autárquicas, sem a perspetiva de apresentar candidaturas noutros concelhos do país.

De acordo com José Pinto Coelho, o processo de extinção do partido Ergue-te, presidido por Rui Fonseca e Castro, ainda não está concluído, porque "falta a publicação do acórdão pelo Tribunal Constitucional".

"Um novo partido surgirá depois das eleições autárquicas ou depois das presidenciais. Os nacionalistas não vão ficar órfãos de partido. Um novo partido vai surgir, é só uma questão de tempo", declarou.

Em 12 de junho, o Tribunal Constitucional (TC) confirmou o processo de extinção do Ergue-te, em resposta a um pedido do Ministério Público por o partido ter falhado a apresentação de contas nos últimos três anos.

Perante essa notícia, Rui Fonseca e Castro afirmou que o partido foi informado de "um processo de extinção instaurado pelo Ministério Público junto do Tribunal Constitucional", tendo como causa "a não apresentação de contas nos anos de 2019, 2020 e 2021".

"Sendo verdade que se verificou tal omissão nos anos referidos, também é verdade que atualmente estavam a ser envidados esforços no sentido de suprir tais falhas junto da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, tendo sido realizada, muito recentemente, uma reunião presencial naquele organismo", referiu.

O líder do Ergue-te disse ainda que o processo de extinção "constitui o golpe fatal num partido que já se encontrava extremamente débil".

Com a desistência do Ergue-te, concorrem à presidência da Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas de 12 de outubro Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), João Ferreira (CDU -- coligação PCP/PEV), Ossanda Líber (Nova Direita), Bruno Mascarenhas (Chega) e José Almeida (Volt).

No atual mandato (2021-2025), a Câmara de Lisboa é presidida pelo social-democrata Carlos Moedas (a governar sem maioria absoluta), com sete eleitos da coligação 'Novos Tempos' - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, tendo na oposição sete eleitos da coligação 'Mais Lisboa' - PS/Livre, dois da CDU e um do BE.

Leia Também: "Executivo de Moedas deixa Lisboa mais suja, mais desigual, mais caótica"

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