Autárquicas? PSD aposta em áreas metropolitanas e coligações alargadas

O PSD vai concorrer às eleições com mais de 150 coligações, sobretudo com o CDS-PP mas também com a IL, e aposta forte nas áreas metropolitanas com o objetivo de recuperar a liderança autárquica, perdida em 2013.

PSD

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Lusa
03/08/2025 10:17 ‧ ontem por Lusa

Política

Autárquicas

O objetivo para 12 de outubro está traçado na moção de estratégia de Luís Montenegro - recuperar a liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (Anafre) -, o que implica alterar a relação de forças com o PS, que preside atualmente a mais 35 câmaras do que os sociais-democratas.

 

Uma aposta forte será nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, onde a direção do PSD acredita que poderá manter a liderança dos municípios a que já preside - como Lisboa ou Cascais - e tentar a vitória em autarquias que mudam obrigatoriamente de presidente, como Porto, Gaia ou Sintra.

Depois de em 2013 e 2017, sob a liderança de Pedro Passos Coelho, o PSD ter registado os piores resultados de sempre em eleições locais - conseguindo a presidência de 106 e 98 câmaras, sucessivamente -, em 2021, já com a direção de Rui Rio, registou-se uma inversão de tendência.

Há quatro anos, o PSD conquistou 114 autarquias (72 sozinho e 42 em coligação), recuperando Lisboa, Coimbra, Portalegre ou Funchal, e encurtando a diferença para os socialistas de 63 para 35 câmaras.

Nas próximas autárquicas, o PSD só não concorre a três dos 308 municípios do país (todos no Alentejo) e, em mais de metade, irá coligado com outros partidos, sendo a novidade os acordos com a IL, mantendo-se sem qualquer coligação pré-eleitoral com o Chega.

Segundo dados fornecidos à Lusa pelo coordenador autárquico do PSD, Pedro Alves, o PSD irá sozinho a votos em 149 autarquias e estabeleceu 156 coligações: destas, 114 são apenas com o CDS (os democratas-cristãos lideram em 4), seis apenas com a IL, 17 entre os três partidos e 19 que incluem outros partidos (como o MPT ou o PPM).

Entre as coligações com os liberais, os casos mais emblemáticos são os de Lisboa, onde a IL apoia agora a recandidatura de Carlos Moedas, ao contrário de há quatro anos - numa negociação difícil com o CDS-PP na distribuição de lugares -, e a do ex-ministro Pedro Duarte ao Porto, que tenta recuperar a segunda maior autarquia de capital, após os três mandatos do independente Rui Moreira.

Em oito municípios, o PSD apoiará candidatos independentes, entre os quais o antigo ministro do PSD Isaltino Morais, em Oeiras, ou a ex-autarca da CDU Maria das Dores Meira, em Setúbal (contra a vontade das estruturas locais), e outros como Marinha Grande ou Idanha-a-Nova. Na Figueira da Foz, o antigo presidente do PSD e agora independente Pedro Santana Lopes encabeçará uma lista PSD/CDS-PP.

O PSD candidata 48 mulheres a presidências de Câmara (cerca de 15% do total) e tem 19 autarcas que não se podem recandidatar devido à lei de limitação de mandatos (eram mais do dobro quando foram eleitos há quatro anos, mas muitos foram, entretanto, dando lugar aos potenciais sucessores).

Entre as saídas mais emblemáticas contam-se os autarcas de Cascais, Carlos Carreiras, Braga, Ricardo Rio, ou Aveiro, Ribau Esteves.

Além de Setúbal, também as escolhas para Aveiro (Luís Souto Miranda) ou Guarda (João Prata) causaram algumas divisões internas e a de Espinho (Jorge Ratola) foi mesmo alvo de uma impugnação pelo candidato que tinha sido indicado pela concelhia, Ricardo Sousa, para o Conselho de Jurisdição Nacional do PSD, num processo que ainda não está fechado.

Seis candidatos a presidentes de Câmara são deputados do PSD, tendo de renunciar ao mandato em caso de vitória: Cristóvão Norte (Faro), Emídio Guerreiro (Gondomar), Hugo Oliveira (Caldas da Rainha), Gonçalo Valente (Ourique), Ricardo Araújo (Guimarães) e Sofia Carreira (Leiria).

Nas autárquicas de 2021, o PSD concorreu sozinho a 153 municípios, integrou 146 coligações com o CDS-PP (liderou 142 e as outras quatro foram os democratas-cristãos), e apoiou nove listas de cidadãos independentes (a maioria nos Açores e na Madeira).

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