João Félix viu, esta segunda-feira, as páginas oficiais nas redes sociais serem alvo de uma autêntica 'invasão' por parte de adeptos do Benfica, que deixaram bem clara a desilusão para com o facto de este ter rejeitado regressar a 'casa', optando, ao invés, por comprometer-se com o Al Nassr.
"Amor teve o Di María. Agora, tu? Tens amor é aos milhões. Que nunca mais voltes a ser associado ao Benfica. Fica bem longe?", é um dos comentários deixados nas publicações no internacional português. Noutro, pode ler-se: "Todos os anos a mesma história. Quem ama o Benfica não faz isto. Que nunca mais entres no Estádio da Luz. De palavras bonitas está o mundo feito".
"Tristeza", "desilusão" e "mercenário" são, de resto, algumas das palavras mais repetidas nas caixas de comentários das páginas do jogador de 25 anos de idade, que, esta segunda-feira, já trabalhou sob as ordens do compatriota Jorge Jesus, na companhia de Cristiano Ronaldo, na Áustria, onde a equipa vai realizando um estágio de pré-temporada.
O acordo entre a formação saudita e o Chelsea ainda não foi oficializado, mas, ao que tudo indica, ficará fechado por uma verba na ordem dos 30 milhões de euros, podendo ascender aos 50 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos individuais e coletivos.
Deixou marca na Luz
Formado no Benfica (depois de passagens por Pestinhas, FC Porto, Dragon Force e Padroense), João Félix 'escalou' pelas camadas jovens até se estrear ao serviço da equipa principal, no dia 18 de agosto de 2018, pela mão de Rui Vitória, que o lançou para o lugar de Franco Cervi, à beira do apito para o triunfo conquistado no Estádio do Bessa, sobre o Boavista, por 0-2, em jogo a contar para a segunda jornada da I Liga.
Aos poucos, o internacional português foi ganhando preponderância no plantel das águias, mas a afirmação total acabaria por apenas surgir no início de 2019, quando Bruno Lage foi 'promovido' da equipa B para a A, para fazer face à demissão do antecessor, numa caminhada que culminaria na conquista do título de campeão nacional.
Neste curto espaço de tempo, a então jovem promessa foi utilizada num total de 43 jogos oficiais, ao cabo dos quais somou 20 golos e oito assistências. Números que bastaram para chamar a atenção do Atlético de Madrid, que, no verão, não hesitou em chegar-se à frente para pagar mais de 120 milhões de euros para o 'resgatar'.
No Civitas Metropolitano, João Félix entrou em conflito com o treinador, o argentino Diego Simeone, e não conseguiu singrar. O mesmo sucedeu em Chelsea, Barcelona e AC Milan, clubes pelos quais 'pulou', nos anos que se seguiram. Pedia-se, sobretudo, estabilidade na carreira do próprio, algo que a direção liderada por Rui Costa prometia entregar-lhe, com o reencontro com Bruno Lage, o homem responsável pela 'explosão' ao mais alto nível. No entanto, aos 25 anos de idade, este optou por seguir caminho rumo ao milionário futebol da Arábia Saudita.
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