Luís Godinho diz que "arbitragem tem de sair da bolha" para reduzir ruído

A arbitragem tem de "sair da bolha" e tornar mais claro o processo de decisão para o público e, assim, reduzir o ruído após os jogos de futebol em Portugal, defendeu hoje o árbitro Luís Godinho.

AVEIRO, PORTUGAL - AUGUST 9: Referee Luis Godinho gestures during Supercopa de Portugal match between SL Benfica and FC Porto at Estadio Municipal de Aveiro on August 9, 2023 in Aveiro, Portugal. (Photo by Pedro Loureiro/Eurasia Sport Images/Getty Images)

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Lusa
28/07/2025 20:24 ‧ há 10 horas por Lusa

Desporto

Luís Godinho

"A arbitragem tem de sair da bolha. Ou seja, quanto mais claro for o processo de decisão e a forma como as coisas chegam, mais claro é para o público e menos ruído há. As pessoas, no final do dia, o que querem é ver algumas dúvidas e esclarecimentos tidos em conta pela equipa de arbitragem", afirmou o árbitro à margem da sessão com recomendações para a época 2025/26 e as principais alterações às Leis de Jogo, no âmbito da Ação de Reciclagem e Avaliação dos árbitros C, na Cidade do Futebol, em Oeiras.

 

O 'juiz' da Associação de futebol de Évora mostrou-se aberto a dar explicações sobre as decisões tomadas em campo, considerando que "tem sido benéfico".

"Eu sempre fui um defensor daquilo que é a abertura à comunicação social, sempre fui uma pessoa que tem a necessidade de explicar e de intervir no público e tenho sentido, pessoalmente, que tem sido benéfico", expressou.

E reforçou: "Aqueles que se cruzam comigo têm a possibilidade de falar comigo, de me questionar em privado e tem sido produtivo. Não só para mim, mas para a arbitragem portuguesa. É bom que as pessoas percebam isto e esta abertura é essencial para que isso aconteça".

Depois, abordou o lance polémico entre o brasileiro Matheus Reis e o italiano Andrea Belloti, na final da última edição da Taça de Portugal, entre Sporting e Benfica, que terminou com vitória dos 'leões' (3-1), após prolongamento, no Estádio Nacional, em Oeiras.

"[O lance] não foi esquecido de todo, porque os intervenientes do espetáculo só vão melhorar se olharem para o erro e perceberem o que é que aconteceu. A arbitragem fez a sua crítica interna, fez o seu luto da decisão. E estamos aqui de peito aberto, respeitando todos, para que, na Supertaça, esta equipa [chefiada por Fábio Veríssimo] dê uma resposta cabal daquilo que é a competência e a qualidade da arbitragem portuguesa", argumentou.

No inicio da sessão, realizada no auditório principal da FPF, o presidente do Conselho de Arbitragem, Luciano Gonçalves, indicou que o caminho dos árbitros, observadores e representantes dos clubes passa por trabalharem "em conjunto" em busca de "um futebol cada vez mais profissional e com menos ruído".

"Comunicar mais, sermos mais ouvintes e dar passos em frente. Trabalharmos todos em conjunto naquilo que é necessário. Um futebol cada mais vez profissional, esse é o nosso caminho, um futebol com menos ruído, focarmos no que é mais importante, que é dentro das quatro linhas. Trabalhar mais e melhor", apontou.

Por sua vez, o diretor técnico nacional de arbitragem, Duarte Gomes, falou das alterações com maior detalhe, destacando-se o "contacto provocado pelo portador da bola", nomeadamente nos lances dentro da grande área, que podem dar origem à cobrança de grandes penalidades, deixando claro que um atacante não será beneficiado caso "coloque o corpo à frente, promova o contacto e abdique da posse de bola".

Já o contacto após a bola a partir do portador (late tacle) terá de "ser sancionado técnica e disciplinarmente", caso seja "negligente ou tiver for excessiva", ao passo que, no que diz respeito à formação das barreiras nos pontapés livres, haverá "atenção particular", isto é "mais rigor na distância a que são postas e à colocação da bola nos casos em que a barreira fique sobre/limite da linha de grande área".

Nos lances em que o exista duplo toque na cobrança de uma grande penalidade, com o jogador a pontapear "acidentalmente a bola com os dois pés em simultâneo" e resultar em golo, o penálti é repetido. Se não for golo, é assinalado pontapé de livre indireto para o guarda-redes.

Leia Também: Luís Godinho fez balanço da arbitragem na época 2024/25: "Muito positiva"

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