O Manchester United entrou, este domingo, com o 'pé esquerdo' na nova temporada de 2025/26 da Premier League, fruto da derrota sofrida em pleno Old Trafford, perante o Arsenal, por 0-1, fruto de um (polémico) golo da autoria de Riccardo Calafiori, logo ao 13.º minuto, que resolveu aquele que era o encontro mais aguardado de toda a jornada inaugural.
Um resultado negativo, mas que não incomodou, de sobremaneira, Ruben Amorim, que, após o apito final, na zona de entrevistas rápidas da estação televisiva britânica Sky Sports, afirmou: "O mais importante é que não fomos aborrecidos. Estou muito orgulhoso dos rapazes. Eles foram corajosos em tudo aquilo que fizeram, durante o jogo".
"Parabéns pela exibição, mas não pelo resultado, porque perdemos o jogo, em casa. Merecíamos, claramente, um resultado diferente, e temos de seguir em frente, para o próximo jogo. Fomos mais agressivos do que no ano passado, corremos mais, fomos mais corajosos, olhámos o Arsenal nos olhos durante todo o jogo e pressionámos alto", referiu.
"Com a bola, temos qualidade. Mesmo quando o estádio fez algum barulho, continuámos a jogar da maneira que jogamos. Perdemos menos bolas na construção de jogo, em comparação com o ano passado, quando tivemos muitas dificuldades. Temos de vencer jogos, mas foi um jogo completamente diferente do da última temporada", completou.
Roy Keane 'em brasa'
As palavras do treinador português não caíram nada bem junto de Roy Keane, histórico capitão do Manchester United, que, neste mesmo canal, atirou, de seguida: "Penso que fiquei encorajado com aquilo que vimos dos poucos reforços que vimos, hoje [Matheus Cunha e Bryan Mbeumo foram titulares, ao passo que Benjamin Sesko foi lançado, já no segundo tempo]. Pareceram jogadores do Manchester United".
"Eles não tiveram problemas em lidar com a pressão, têm boas personalidades, mas já dissemos várias vezes que há problemas na defesa. Ouvimos ruído sobre eles não serem aborrecidos, mas, no final, tens de marcar golos para vencer jogos, caso contrário, estás constantemente sob pressão. As expetativas em torno do clube são tão baixas, neste momento, que toda a gente está quase satisfeita", lamentou.
O agora comentador desportivo, de 54 anos de idade, disse, de resto, não esperar que os red devils consigam ir além de um... "décimo lugar, talvez nono", na Premier League: "Agora, as expetativas do Manchester United são tão baixas que até o Gary [Neville, seu antigo companheiro de equipa e atual colega de painel] disse, nos comentários, que toda a gente está satisfeita com uma derrota, por 0-1. Têm de fazer melhor, isso preocupa-me".
Segue-se Marco Silva
Após esta 'entrada em falso', na Premier League, o Manchester United vira, agora, todas as atenções para a partida da segunda ronda, perante o Fulham, em Craven Cottage, que está agendada para as 16h30 (hora de Portugal Continental) do próximo domingo.
Na passada temporada, Ruben Amorim foi à 'casa' do compatriota Marco Silva 'resgatar' um triunfo, por 0-1, graças a um golo da autoria de Lisandro López, já aos 78 minutos. Um cenário que, agora, irá procurar replicar, para somar os primeiros pontos da época.
Leia Também: Ruben Amorim 'pegado' com jornalistas: "Se isto é permitido..."