Aos 33 anos de idade, Neymar sofreu aquela que foi a maior derrota da carreira de futebolista profissional, visto que o 'seu' Santos saiu goleado do embate com o Vasco da Gama, em pleno Estácio Cícero Pompeu de Toledo (o famoso Morumbi), por 0-6, ao final da noite de domingo.
O avançado não conteve a emoção, e, imediatamente após o árbitro brasileiro Ramon Abatti ter feito soar o apito final para o encontro referente à 20.ª jornada do principal escalão do futebol canarinho, abandonou o relvado 'lavado' em lágrimas. Já na zona mista, não teve 'papas na língua' para expor o que lhe ia na alma.
"Estou totalmente dececionado com o nosso jogo. Os adeptos estão no direito de fazerem todo o tipo de protestos, obviamente, sem as vias de facto, mas, hoje, estão no direito de gozar e ofender. É um sentimento de muita vergonha, nunca tinha passado por isto, na minha vida", começou por afirmar.
"O choro é de raiva, de tudo. Infelizmente, não consigo ajudar, de todas as formas. Hoje, foi uma me***, essa é a realidade", começou por afirmar, em declarações reproduzidas pelo portal brasileiro Globoesporte, o jogador que optou por regressar a 'casa', no início do presente ano de 2025, após rescindir o contrato que mantinha com o Al Hilal, da Arábia Saudita.
"Resumindo tudo, foi uma me***. É uma vergonha fazer este tipo de jogo com a camisola do Santos. Toda a gente tem de meter a cabeça no travesseiro, ir para casa e pensar no que quer fazer. Com a atitude de hoje, se tivermos de fazer o que fizemos em campo, nem sequer precisamos de nos apresentar, na quarta-feira", rematou, referindo-se à visita ao Bahia.
Nuno Moreira em evidência
O cenário começou a 'dar para o torto', em São Paulo, para o Santos, logo à passagem dos 18 minutos, quando Lucas Piton colocou a bola no fundo das redes à guarda de Gabriel Brazão, a passe de Nuno Moreira, avançado português que, deste lado do Oceano Atlântico, somou passagens por Sporting, Vizela e Casa Pia.
Ainda assim, o 'descalabro' só ficou consumado já no segundo tempo, com os golos de David (aos 52 minutos), Philippe Coutinho (aos 54 e aos 62, tendo o primeiro partido de uma nova assistência de Nuno Moreira), Rayan (aos 60, na conversão de uma grande penalidade) e Tchê Tchê (aos 68).
Cléber Xavier durou... meia hora
A primeira 'vítima' desta 'hecatombe' surgiu passados meros 30 minutos, o tempo necessário para o Santos partilhar, através das plataformas oficiais, um comunicando dando conta da decisão de avançar para a rescisão do contrato que mantinha com o treinador, Cléber Xavier, desde o passado mês de abril.
"O Santos comunica a saída do técnico Cléber Xavier. O clube agradece os serviços prestados e deseja sorte na sequência da carreira", referia a (curta) nota. Este resultado mantém o Santos na 15.ª posição do Brasileirão, com 21 pontos, apenas mais dois do que o Vitória, equipa que mora imediatamente abaixo da 'linha de água', numa altura em que tem mais um jogo disputado.
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