Equador condena 5 membros de guerrilha da Colômbia a 13 anos de prisão

A justiça do Equador condenou a 13 anos de prisão, por crime organizado, cinco pessoas acusadas de integrar os Comandos da Fronteira, um grupo dissidente da antiga guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Brasil disponível a ajudar Equador na luta contra o crime organizado

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Lusa
13/07/2025 06:09 ‧ há 6 horas por Lusa

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Equador

Numa sessão que decorreu no sábado, outras oito pessoas foram condenadas a dez anos de prisão pelo mesmo crime.

 

De acordo com o Ministério Público, os condenados formavam uma rede, dedicada ao branqueamento de capitais e ao tráfico de droga e de armas, que operava na fronteira entre o Equador e a Colômbia, nos últimos dois anos.

O julgamento aconteceu na sequência de uma operação policial, em agosto de 2024, que resultou na detenção de 16 cidadãos equatorianos, alguns com antecedentes criminais por tráfico e posse de droga, em cinco das 24 províncias do Equador.

Durante a operação, a polícia apreendeu sete veículos de luxo, 29 telemóveis, 16 armas, munições, computadores e mais de 100 mil dólares (85.500 euros) em dinheiro, entre outras provas.

De acordo com a investigação policial, o grupo criminoso estava por trás do envio de cocaína para o México e Espanha.

Em janeiro, mais quatro pessoas foram ligadas ao caso, entre as quais um dos alegados líderes dos Comandos da Fronteira, Roberto Carlos Álvarez Vera, que foi detido, no final de junho, nos Emirados Árabes Unidos, e aguarda extradição para o Equador.

Em abril, um juiz absolveu três dos arguidos e convocou os restantes 17 para julgamento, dos quais 13 foram condenados no sábado.

Em maio, o Governo do Equador acusou os Comandos da Fronteira de assassinarem 11 soldados durante uma operação contra a mineração ilegal, na província oriental de Orellana, que faz fronteira com a Colômbia e o Peru.

Segundo várias organizações não-governamentais, a mineração ilegal na bacia do rio Punino, no leste do Equador, quadruplicou em 2024.

Em resposta, o Ministério da Defesa equatoriano destacou mais de 1.500 membros das forças especiais, dos serviços de informação e das unidades de contraterrorismo para tentar capturar os homicidas.

Os Comandos da Fronteira são um dos grupos que rejeitaram o acordo de paz assinado pelas antigas FARC em 2016 e se recusaram a depor as armas, continuando com atividades criminosas.

Os dissidentes estão envolvidos em negociações de paz com o Presidente colombiano Gustavo Petro, que fez da resolução do conflito de mais de 60 anos com grupos armados um dos principais objetivos do seu mandato.

O comandante desta dissidência, Andrés Rojas, conhecido por 'Araña', foi capturado na Colômbia, em fevereiro, e é alvo de um pedido de extradição por parte dos Estados Unidos devido a acusações de tráfico de droga.

A violência ligada à mineração ilegal e ao tráfico de droga está a agravar-se na Colômbia, no Equador e no Peru, um triângulo importante na produção e no transporte de cocaína para os Estados Unidos e para a Europa.

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