Venezuela. Famílias pedem liberdade de jovens detidos após presidenciais

Familiares de 25 jovens presos políticos, detidos há quase um ano, no âmbito da repressão estatal gerada no âmbito da contestação dos resultados das eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, concentraram-se hoje junto do Ministério Público (MP), em Caracas.

Detidos na Venezuela

© Camilo Freedman/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
18/07/2025 06:48 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

Os manifestantes entregaram uma carta dirigida ao Procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, na qual pedem que se interesse pessoalmente pelos casos dos detidos e exigem explicações sobre a paralisação das libertações, que, dizem, estão paralisadas desde março último.

 

No documento, divulgado pela imprensa local, alertam que a saúde dos detidos "continua a enfraquecer" com muitos deles s sofrer de "infeções cutâneas e renais, assim como de problemas de tensão, respiratórios e gástricos", salientando que "a grande maioria apresenta sintomas de depressão e dificuldade em dormir", e sofre de "pânico e ansiedade com a ideia de perder muito mais tempo das suas vidas atrás de umas grades injustas".

Na carta, os signatários afirmam ser " pessoas humildes para quem a vida se torna cada vez mais difícil devido a esta prisão injusta" de jovens de menos de 30 anos detidos no âmbito de protestos após a divulgação dos resultados oficiais das presidenciais de 28 de julho de 2024.

O Comité de Mães pela Verdade, organizador do protesto, insiste que os jovens são inocentes dos crimes de que são acusados, entre eles terrorismo.

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho de 2024, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao Presidente e candidato à sua reeleição, Nicolás Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.

A oposição contesta aqueles resultados e afirma que Edmundo González Urrutia (atualmente exilado em Espanha) obteve quase 70% dos votos.

O anúncio dos resultados foi objeto de protestos nas ruas, fortemente reprimidos pelas forças de segurança, violência que resultou em 27 mortos e 192 feridos, tendo as autoridades venezuelanas detido mais de 2.400 pessoas, segundo dados oficiais.

Segundo a Organização Não Governamental Foro Penal (FP) a Venezuela tem atualmente 948 pessoas detidas por motivos políticos, das quais 852 são homens e 96 mulheres, 778 civis e 170 militares. Entre os detidos encontram-se 4 adolescentes.

Leia Também: Organização exige que Venezuela proteja dissidente em risco de morte

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