No mais recente boletim diário da evolução da doença, divulgado hoje pela Direção Nacional de Saúde Pública e com dados de 11 a 19 de julho, além do acumulado de 13 positivos, é referido que há 15 casos em isolamento.
Os sete novos casos, registados nas últimas 24 horas, foram confirmados igualmente no distrito de Lago, Niassa, e não houve registo de novos suspeitos no mesmo período.
O boletim indica que não há registo de óbitos neste surto de mpox em Moçambique até ao momento.
O Governo moçambicano confirmou na terça-feira que os casos confirmados de mpox têm origem no vizinho Maláui, onde o surto já afetou cerca de meia centena de pessoas.
"Trata-se de três cidadãos nacionais [até então] que se deslocaram no trajeto Maláui - Moçambique", disse o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, no final da reunião daquele órgão realizada na Beira, província de Sofala.
Afirmou igualmente que as autoridades têm a situação "no controlo" e tomaram medidas para que a doença não se espalhe além do distrito fronteiriço para outros pontos do país.
"O que o país [Moçambique] fez, foi colocá-los em quarentena, para que se possa acompanhar num cenário isolado e para que eles não espalhem a doença. O setor de saúde está atento e a criar condições para que de lá, no distrito de Lago [Niassa], não saia e se espalhem casos para moçambicanos", disse Impissa.
O Ministério da Saúde afirmou anteriormente que os doentes confirmados com mpox "encontram-se clinicamente estáveis e estão em isolamento domiciliar, sob monitoria das autoridades sanitárias".
Fonte do Ministério da Saúde confirmou à Lusa que são os primeiros casos de mpox em Moçambique do atual surto que afeta vários países da região africana, recordando que, de 01 de janeiro a 08 de julho, foram notificados 77.458 casos da doença em 22 países, resultando em 501 óbitos.
Os primeiros casos no surto anterior de mpox em Moçambique foram registados pela primeira vez em 2022, em Maputo.
Na região da África austral, que inclui Moçambique, já foram reportados anteriormente casos na República Democrática do Congo, Angola, Maláui, África do Sul, Tanzânia e Zâmbia.
A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo.
A Organização Mundial da Saúde declarou em agosto de 2024, pela segunda vez, a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional, em virtude do aumento do número de casos, óbitos e expansão geográfica, recorda o Ministério da Saúde moçambicano.
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