Na semana passada, o Presidente norte-americano, Donald Trump, deu 50 dias ao Presidente russo Vladimir Putin para pôr fim à guerra na Ucrânia, sob pena de sanções severas, e anunciou um rearmamento maciço de Kyiv através da NATO.
Hoje, numa reunião do Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia (GCDU), o ministro da Defesa britânico, John Healey, descreveu o ultimato como "um momento de grande oportunidade".
"Nós, do nosso lado, devemos intensificar a nossa ação, com uma campanha de 50 dias para armar a Ucrânia no campo de batalha e ajudar a empurrar [o Presidente russo, Vladimir] Putin para a mesa das negociações", declarou John Healey durante esta reunião por videoconferência.
John Healey afirmou ainda que Londres e Berlim concordaram em unir esforços para fornecer mísseis de defesa antiaérea à Ucrânia.
O homólogo alemão, Boris Pistorius, afirmou que os dois países forneceriam 200 mil munições para os tanques de combate antiaéreos Gepard utilizados pelo exército ucraniano.
A reunião virtual de oficiais militares de alto nível foi copresidida pelos ministros da Defesa britânico e alemão e contou com a participação do Secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, do líder da NATO, Mark Rutte, e do Comandante Supremo Aliado da NATO na Europa, General Alexus Grynkewich.
Nas últimas semanas, Moscovo lançou vários ataques aéreos maciços contra a Ucrânia, incluindo um sobre a capital Kyiv, no domingo à noite, que causou um morto e dois feridos, segundo as autoridades locais.
O Reino Unido entregou a Kyiv nos últimos dois meses mísseis de defesa antiaérea e munições de artilharia no valor de cerca de 150 milhões de libras (173,2 milhões de euros), de acordo com o Ministério da Defesa britânico.
O Reino Unido comprometeu-se ainda a fornecer 700 milhões de libras (808,2 milhões de euros) para a compra de munições para a Ucrânia durante este ano e a fornecer mais drones, que se tornaram indispensáveis em combate.
Kyiv recebeu quase 50 mil drones nos últimos seis meses, e mais 20 mil serão fornecidos por uma coligação de países liderada pelo Reino Unido e pela Letónia.
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