De acordo com o Ministério do Trabalho libanês, a operação policial foi feita esta madrugada em Al-Sabaa, um subúrbio de Tripoli, "sob a supervisão direta do ministro [do Trabalho, Ali al-Abed], na presença de inspetores do trabalho, da Agência de Combate à Imigração Ilegal e da polícia municipal".
"As inspeções encontraram casas onde vivem trabalhadores estrangeiros sem documentos. Estes trabalhadores, de várias nacionalidades, não têm autorização de residência, passaporte oficial ou sequer histórico de saúde", disse Al-Abed aos jornalistas.
Centenas de estrangeiros, na maioria egípcios, mas também oriundos da África Subsariana, vivem há anos num campo cercado por muros e fechado por um grande portão em Al-Sabaa.
No interior, há uma loja de conveniência, um talho e vendedores de legumes, segundo a agência de notícias France-Presse.
"Cerca de 1.500 estrangeiros vivem neste campo", lembrou o ministro do Trabalho líbio, acrescentando que "serão transferidos para os centros da Autoridade de Combate à Imigração Ilegal" e "serão instaurados processos judiciais", antes da deportação para os países de origem.
No início de julho, durante uma reunião em Tripoli, com as autoridades europeias, o chefe do governo de unidade nacional, Abdelhamid Dbeibah, anunciou um plano para combater a imigração ilegal.
Imad Trabelsi indicou que na Líbia, país com uma população de cerca de sete milhões de habitantes, existem "entre três e quatro milhões de migrantes que entraram ilegalmente (...) e que [as autoridades] encorajam a sair".
Os contrabandistas e os traficantes têm aproveitado o clima de instabilidade no país africano desde a queda do regime do antigo presidente Muammar Kadhafi, em 2011, para desenvolver redes clandestinas.
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