Smotrich reuniu-se na noite passada com os membros do partido para discutir a possibilidade de abandonar a coligação depois de Netanyahu ter decidido retomar, no domingo, a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
De acordo com a edição de hoje do jornal Times of Israel, após a reunião de domingo, o ministro das Finanças descartou sair da coligação governamental.
Smotrich e o outro parceiro de extrema-direita da coligação, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, ameaçaram anteriormente abandonar a coligação se a ajuda humanitária fosse reativada.
Ben Gvir também reuniu os membros do partido Otzma Yehudit, de forma extraordinária e, segundo a estação Canal 12 de Israel, propôs a Smotrich a possibilidade de formar um bloco dentro da própria coligação para dificultar a entrega de ajuda alimentar à população de Gaza.
Segundo a imprensa israelita, a decisão de Netanyahu sobre o estabelecimento de "pausas técnicas", todos os dias, para distribuir ajuda humanitária foi decidida sem a participação de Smotrich e Ben Gvir.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já alertou para os "níveis alarmantes" de subnutrição na Faixa de Gaza e que o "bloqueio deliberado" de ajuda humanitária já custou a vida a muitos palestinianos.
De acordo com a OMS, em Gaza, quase 20% das crianças com menos de 05 anos estão atualmente em desnutrição aguda.
Desde o início da guerra em Gaza, após os ataques do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023, pelo menos 59.821 pessoas morreram nos ataques israelitas contra o enclave, de acordo com a última contagem das autoridades sanitárias do enclave.
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