Há pelo menos seis mortos em novos ataques israelitas no Líbano

Pelo menos seis pessoas morreram hoje e dez ficaram feridas em dois bombardeamentos no leste do Líbano, informou o Ministério da Saúde libanês, após novos ataques atribuídos a Israel, apesar do cessar-fogo em vigor com o grupo xiita Hezbollah.

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© Getty Images

Lusa
07/08/2025 18:55 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"O ataque israelita na estrada de Masnaa resultou num número preliminar de cinco mortos e dez feridos", indicou o Centro de Operações de Emergência do ministério em comunicado.

 

A agência noticiosa oficial (ANN) indicou que um drone israelita visou um carro perto da fronteira com a Síria.

Pouco antes, um outro ataque aéreo atingiu a cidade de Kfar Dan, no distrito de Baalbek, no leste do país, onde morreu uma sexta pessoa, segundo o mesmo departamento governamental.

Na noite passada, as forças israelitas realizaram uma vaga de ataques aéreos contra vários locais no sul do Líbano, resultando na morte de um cidadão sírio na zona de Deir al-Sheikh, de acordo com relatórios oficiais.

O Exército israelita declarou em comunicado que as suas ações visaram depósitos de armas, um veículo de lançamento e instalações com ferramentas de engenharia para a reabilitação de infraestruturas pertencentes ao Exército sírio.

Os bombardeamentos imputados a Israel acontecem num momento em que o Governo libanês adotou medidas para desarmar o movimento xiita Hezbollah, apoiado pelo Irão.

A par do Hamas na Palestina e dos Huthis do Iémen, o Hezbollah constitui o chamado eixo da resistência apoiado por Teerão, e que se envolveu em hostilidades militares com Israel, logo após o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.

Após quase um ano de troca de tiros ao longo da fronteira israelo-libanesa, Israel lançou uma forte campanha aérea no verão do ano passado, que decapitou a liderança do movimento xiita, incluindo a morte do seu líder histórico, Hassan Nasrallah, nos arredores de Beirute, e de várias outros altos membros da sua hierarquia política e militar.

Desde a pausa da guerra entre Israel e Hezbollah que o Estado libanês tem procurado concentrar todo o armamento do país nas mãos das forças de segurança oficiais, mas até agora estava a favorecer entregas voluntárias de armas por receio de uma escalada interna.

Sob pressão dos Estados Unidos e entre receios de uma intensificação dos ataques israelitas no Líbano, o Governo dedicou uma primeira reunião ao assunto na terça-feira e encarregou o Exército de preparar um plano para desarmar o movimento xiita até ao final do ano.

Uma segunda reunião foi marcada para hoje, tendo na agenda a revisão do conteúdo de um memorando apresentado pelo enviado norte-americano, Tom Barrack, incluindo um cronograma para o desarmamento do Hezbollah.

Em resposta à decisão, o Hezbollah, que saiu militar e politicamente bastante enfraquecido dos intensos ataques israelitas, acusou o Governo de cometer um "pecado grave" e ameaçou continuar a agir como se a decisão "não existisse".

O bloco parlamentar do movimento apelou hoje ao Governo para "corrigir a situação em que se colocou e ao Líbano, aceitando as exigências americanas, que inevitavelmente servem os interesses do inimigo sionista [Israel]".

O Governo libanês acusou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, de "ingerência inaceitável", no seguimento de declarações em que prevê o fracasso do desarmamento do Hezbollah.

"É completamente inaceitável que estas relações sejam utilizadas para promover ou apoiar atores nacionais fora da estrutura do Estado libanês e das suas instituições legítimas, ou à custa do próprio Estado", condenou o Ministério dos Negócios Estrangeiros libanês em comunicado.

Apesar do cessar-fogo em vigor, Israel continua a visar alvos alegadamente do Hezbollah, além de manter posições militares no sul do Líbano, e ameaça voltar a intensificar as suas operações caso o movimento não se desarme.

Leia Também: Líbano acusa Irão de "ingerência inaceitável" no apoio ao Hezbollah

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