Uma mulher está a processar um fuzileiro naval norte-americano por alegadamente ter drogado a sua bebida com comprimidos para o aborto, o que provocou a perda do bebé.
Conta a NBC News, que cita um tribunal federal, que a mulher revelou que o militar lhe havia pedido diversas vezes para se "livrar" do bebé, mas que recusou.
A mulher alega que o fuzileiro dissolveu, pelo menos, dez pílulas de aborto numa caneca com chocolate quente, que ele terá preparado para ela no dia 5 de abril.
Revelou também que, depois disso, o homem saiu de casa e parou de lhe responder às mensagens e chamadas enquanto a mulher sangrava.
O processo do tribunal contém várias mensagens de texto trocadas durante várias semanas, incluindo uma em que a mulher questiona o fuzileiro sobre qual era a sua opinião se estivesse grávida.
O fuzileiro ter-lhe-á respondido: "Gostaria que te livrasses dele". Nas mensagens, o homem escreve que os dois não estavam "apaixonados" e não era um casal e, por isso, seria "confuso ter um filho sem que ambos o criassem".
Quando o teste de gravidez deu positivo, o fuzileiro reiterou que a mulher deveria "livrar-se do bebé". Em resposta, a mulher disse-lhe que sempre que ele dizia aquilo era como um "choque elétrico".
"Eu sinto-me como se estivesse a descer a colina mais íngreme numa montanha russa quando leio isso", respondeu.
Nas seguintes mensagens, de acordo com o meio televisivo norte-americano, o fuzileiro revelou que ia comprar as pílulas de aborto, tendo-as adquirido na Aid Access - serviço online que envia estes comprimidos.
As mensagens tornaram-se piores ao longo dos dias, uma vez que a mulher se recusou a abortar, tendo chamado o bebé de "coisa" e dito que a mulher tinha "uma mentalidade psicopata" por ter causado o seu divórcio.
No final do mês de março, o fuzileiro enviou uma mensagem de texto à mulher onde dizia que queria que ela abortasse e que se sentia "preso" pela situação.
O fuzileiro recusou-se a testemunhar na primeira audiência do julgamento.
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