Fingiu a morte, escapou para a Escócia e agora foi condenado por violação

Nicholas Rossi foi condenado por ter violado a, então, noiva, depois de ela ter tentado terminar o relacionamento, num caso que remonta a 2008. Mas em 2020, foi uma investigação a por fraude de cartão de crédito, que o fez fingir a própria morte e escapar para a Escócia.

Nicholas Rossi

© Jeff J Mitchell/Getty Images

Carolina Pereira Soares
14/08/2025 13:54 ‧ há 2 horas por Carolina Pereira Soares

Mundo

EUA

Um homem fingiu a própria morte, escapou dos Estados Unidos para a Escócia e agora, 13 anos depois do crime, foi condenado por violar a, então, noiva.

 

Trata-se de Nicholas Rossi, também conhecido por Nicholas Alahverdian e Arthur Knight (nome que usava na Escócia). O processo em que foi julgado, e considerado culpado esta quinta-feira, remonta a 2008, a um ataque no condado norte-americano de Salt Lake, no estado de Utah, à própria noiva.

A vítima, apelidada MS, contou em tribunal que conheceu o arguido em 2008 e que, após duas semanas de um romance intenso, decidiram ficar noivos e começar a planear o casamento.

A partir daí, o comportamento de Rossi terá mudado, e começou a controlar obsessivamente as ações de MS, a pedir-lhe frequentemente dinheiro emprestado, a criticar a roupa que ela usava e até mesmo a impedi-la de conduzir o próprio carro.

MS terá, então, tentado terminar a relação e foi aí que Rossi a terá atacado no apartamento do arguido.

A defesa alegou que o caso é como “um puzzle de uma loja barata” em que há diversas peças em falta e alegaram que MS estava ressentida por ter perdido dinheiro nas alianças de noivado.

Rossi vai ser julgado por violar uma outra namorada em 2008

A testemunha a seguir a MS foi uma outra namorada de Rossi, também em 2008, que tem o próprio caso de violação contra o homem.

KP, como é apelidada, contou que conheceu o arguido na rede social MySpace em agosto de 2008 e que, pouco depois, começaram a namorar. Tal como aconteceu com MS, foi nesta altura que Rossi começou a mudar.

KP recordou em tribunal uma ocasião em que acordou no apartamento do arguido e descobriu que, durante a noite, Rossi tinha comprado um computador de quase 400 euros com o cartão de crédito dela, sem o conhecimento de KP.

O casal acabou por terminar o relacionamento e voltou-se a encontrar mais tarde, quando Rossi atraiu a mulher de volta ao apartamento com a promessa de que ia pagar a dívida. Em vez disso, a KP alega ter sido violada.

O julgamento de KP está marcado para começar no próximo mês no condado de Utah, no estado do mesmo nome.

Do julgamento de MS, do qual foi conhecida esta quinta-feira a sentença, Rossi enfrenta entre 5 anos a pena perpétua na prisão - uma pena que só vai ser conhecida a 20 de outubro.

Fugiu em 2020, quando estava a ser por fraude de cartão de crédito

Contudo, nenhum destes dois crimes foi a razão pela qual o homem decidiu fingir a própria morte e escapar para o Reino Unido: Rossi estava também a ser investigado por fraude de cartão de crédito.

Em 2020, surge uma declaração de óbito que afirma que Rossi morreu por linfoma não Hodkin - um tipo de cancro no sangue.

Foi em 2021 que as autoridades encontraram o suspeito e o detiveram após serem alertados por funcionários do da ala Covid do hospital Glasgow, que identificaram Rossi (através da fotografia de identificação policial e das tatuagens que tem no corpo, partilhados pela Interpol).

Rossi, que falava com um sotaque britânico e se deslocava numa cadeira de rodas, disse que estava a ser confundido com outra pessoa, alegando que se chamava Arthur Knight, que era um órfão irlandês e que nunca tinha pisado solo norte-americano.

Quanto às tatuagens que o identificavam, defendeu que tinham sido feitas sem o conhecimento dele quando se encontrava inconsciente no hospital.

Foi só em 2023 que foi possível obter uma ordem de extradição da Escócia e Rossi chegou, finalmente, aos Estados Unidos em 2024. Mas foi só durante o julgamento, e sob juramento, que admitiu a identidade.

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