"O que é importante é que, quando foi preciso, a Força Aérea deu um passo em frente e os médicos das Forças Armadas estão a ajudar a salvar vidas", sublinhou Nuno Melo, à margem de uma conferência sobre segurança na Europa, que decorre em Lisboa.
Segundo noticia hoje o jornal Expresso, apesar de o Governo ter anunciado que, a partir de 01 de julho, o transporte aeromédico de emergência seria assegurado 24 horas por dia pelos quatro helicópteros da Força Aérea Portuguesa, complementando o serviço dos dois meios disponibilizados de imediato pela empresa que ganhou o concurso público, os militares só dispõem de uma aeronave para missão durante a noite.
O helicóptero disponível é, segundo a mesma fonte, "um dos dois Merlin EH 101 estacionados na base aérea do Montijo", sendo que os outros três "não têm autorização para voar à noite".
Nuno Melo assegurou, no entanto, que o esforço da Força Aérea "é feito com equipamentos que são modernos, com todas as condições, com médicos preparados e qualificados e com aquilo que são as possibilidades de dia, desde logo, e de noite, se possível".
Além disso, reforçou, "a emergência médica, nestes meses em que a Força Aérea vai estar empenhada, será feita com helicópteros, mas também com meios de asa fixa, com aviões".
No primeiro dia de colaboração da Força Aérea, referiu o ministro, "foram feitas quatro ações de emergência médica em colaboração com o INEM".
Por isso, disse, prefere concentrar-se "na virtude, naquilo que é um exemplo que os portugueses devem agradecer", admitindo, no entanto, que "todos os meios são sempre escassos em todas as circunstâncias".
O ministro sugeriu ainda que as críticas à Força Aérea possam ter interesses escondidos, lembrando que "há muitos anos" que aquele ramo militar faz emergência médica nos Açores e na Madeira.
"Então a Força Aérea Portuguesa, que faz emergência médica nos Açores e na Madeira, experimentada e com todas as evidências da sua qualidade, agora não seria capaz de o fazer no continente? Parece-me um bocadinho absurdo e disparatado", observou, concluindo que "é preciso ver a fonte e o motivo" das críticas.
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