Assinala-se esta sexta-feira, 25 de julho, o Dia Mundial da Prevenção do Afogamento, e nas redes sociais foram algumas as partilhas por parte de entidades como o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou a Polícia de Segurança Pública (PSP).
"A morte por afogamento tem um impacto profundo nas famílias e comunidades, sendo uma das principais causas de morte a nível mundial", escreve a PSP numa publicação partilhada no Facebook, na qual acrescentam: "Segundo a Organização Mundial de Saúde, na última década 3 milhões de pessoas perderam a vida por afogamento, 43% das quais eram crianças com 14 anos ou menos."
Sublinhando que a atenção "pode salvar vidas" e alertando para a entreajuda, as autoridades notam que a maioria dos afogamentos acontece "em locais não vigiados – rios, lagos, poços, piscinas e reservatórios."
Posto isto, a PSP deixa vários conselhos: Vigie sempre as crianças, mesmo em águas rasas, evite nadar sozinho ou em locais sem vigilância, respeite as bandeiras e sinalizações e, em caso de emergência, ligue 112.
Já o SNS nota ainda, na rede social X (antigo Twitter), que "qualquer pessoa pode afogar-se, mas a prevenção é possível", deixando também algumas dicas como aprender a nadar, usar boias salva-vidas ou coletes e também nadar em locais vigiados.
Qualquer pessoa pode afogar-se, mas a prevenção é possível:
— SNS_Portugal (@SNS_Portugal) July 25, 2025
️ Aprenda a nadar
Use boias salva-vidas ou coletes
Nade em locais vigiados
A prevenção parte de cada um/a de nós!#Saúde #SNS #Afogamento pic.twitter.com/PUve7S63MQ
Numa outra publicação, os especialistas avisam que eventuais afogamentos podem acontecer em qualquer altura e alertam para vários sinais a que deve estar atento, e que deixamos abaixo:
- Dificuldade aparente em nadar e manter-se à superfície da água, com movimentos frenéticos, como se estivesse a tentar agarrar-se a algo;
- Cabeça pode ficar submersa e a face torna-se pálida ou azulada;
- Movimentos das mãos na vertical, a pressionar ligeiramente a superfície da água (como se subisse um escadote;
- Movimentos circulares e para trás, com os braços estendidos na lateral.
Os dados em Portugal
Note-se que no passado dia 10 foram conhecidos os resultados de um relatório da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI), que indicam que morrem por ano 10 crianças afogadas em Portugal. As crianças dos 0 aos 4 anos são as que mais se afogam em piscinas, segundo apontavam os dados.
Nos últimos 13 anos analisados pela APSI, em média, por ano, 10 crianças morreram na sequência de um afogamento e 21 foram internadas. O maior número de mortes por afogamento ocorre na faixa etária dos 15 aos 19 anos e o maior número de internamentos na faixa etária dos 0 aos 4 anos.
Para além das mortes por afogamento, existem ainda a registar 650 internamentos na sequência de um afogamento, o que significa que, por cada criança que morre, aproximadamente 2 são internadas (total dos 22 anos).
Em termos de padrões de ocorrência, a maioria das vítimas são do sexo masculino e as piscinas são os locais onde os afogamentos mais acontecem, nomeadamente piscinas de uso particular. Tem se registado um aumento dos afogamentos em planos de água naturais como rios e praias.
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