A ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, afirmou, esta quarta-feira, que há "sempre escassez de meios", mas que está a ser feito "o maior esforço" no terreno, a propósito dos incêndios que têm atingido diversas zonas do país.
"Nós temos 72 helicópteros a funcionar, os aviões dependem da colaboração que existe entre a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a Força Aérea e o ministério da Defesa", referiu a ministra, em declarações aos jornalistas, quando questionada acerca de quantos helicópteros e aviões estavam preparados para o combate aos incêndios.
A ministra referiu ainda: "Não vivemos em dois planetas separados, somos parte do mesmo país" e "a Proteção Civil, os bombeiros, a Força Aérea e todos os meios do Estado estão neste momento disponibilizados".
"A situação é tremendamente difícil. O nosso primeiro dever é garantir que não se torna tão difícil ao ponto de pôr em perigo a vida e o património das pessoas", notou.
Maria Lúcia Amaral sublinhou que o Governo e restantes forças estão "concentradas em garantir que bens e vidas não sejam afetados" e que, por isso, têm "disponibilizado todos os meios". Mas, ressalvou: "Todos os meios dentro daquilo que é possível".
"Infelizmente, há sempre escassez de meios. Temos estes. São o maior esforço que até agora se fez. Deveríamos ter mais, pois com certeza, mas está é a nossa condição", salientou.
Perguntada acerca do número de aérea ardida, a ministra afirmou que, de acordo, com os relatórios de especialistas sobre esta matéria, "está a passar-se em Portugal o mesmo que acontece em outros países", tanto da Europa como fora.
Recorde-se que, segundo as estatísticas do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), os incêndios florestais já consumiram este ano quase 42 mil hectares, oito vezes mais que no mesmo período de 2024 e o valor mais elevado desde 2022.
Desde o dia 1 de janeiro registaram-se 5.211 incêndios que provocaram 41.644 hectares de área ardida.
De sublinhar também que, esta quarta-feira, o ministro da Defesa Nacional anunciou que o Estado vai adquirir dois 'kits' de combate aos incêndios florestais para equipar duas aeronaves C-130, num investimento de cerca de 16 milhões de euros.
Em declarações aos jornalistas no Ministério da Defesa Nacional, em Lisboa, à margem de uma cerimónia de designação de dirigentes de direções-gerais do seu ministério, Nuno Melo referiu que o Conselho de Ministros aprovará a aquisição de dois dos "mais modernos 'kits' de combates a fogos florestais" para equipar as aeronaves C-130 da Força Aérea.
Leia Também: Governo vai adquirir dois 'kits' de combate a fogos para aviões C-130