Deputado do JPP na AR critica "bloqueio" do PSD a audição imediata de ministra

O deputado único do Juntos Pelo Povo (JPP) na Assembleia da República denunciou "o bloqueio do PSD" para ouvir a ministra da Administração Interna sobre o cancelamento do segundo helicóptero de combate a incêndios na Madeira.

Filipe Sousa - JPP

© Pedro Pina - RTP

Lusa
03/08/2025 12:04 ‧ ontem por Lusa

Política

Filipe Sousa

Em declarações hoje à agência Lusa, Filipe Sousa explicou que apresentou um requerimento para a ministra Maria Lúcia Amaral "ser ouvida de imediato" no Parlamento sobre esta matéria por ser "o período forte de possibilidade de incêndios na região".

 

O eleito do JPP adiantou que, em Conferência de Líderes, "o PSD foi o único partido a votar contra [a audição imediata da ministra] e foi mantida a decisão de ouvir a governante sobre esta matéria só em setembro, no final do verão".

"Esta era a altura certa para a ministra esclarecer o que se passou, e não quando a época dos incêndios se aproxima do fim", reforçou.

O deputado do JPP refere que a audição foi requerida há cerca de uma semana e visava "esclarecer a exclusão da região do plano nacional de meios aéreos de combate a incêndios".

Em comunicado, Filipe Sousa considerou que a posição do PSD "revela um desrespeito inaceitável pelas populações da Madeira, que continuam a enfrentar o flagelo dos incêndios com meios escassos e promessas incumpridas". E classifica esta posição dos sociais-democratas de "vergonhosa obstrução política" e de "sabotagem política nesta matéria relacionada com o segundo helicóptero para reforçar o dispositivo do Serviço Regional de Proteção Civil, no combate aos incêndios na região.

A afetação de um segundo helicóptero foi anunciada após o incêndio de agosto do ano passado e foi "anunciado e politicamente assumido, quer pela aliança governativa regional, quer pela coligação dos mesmos partidos que governam na República, o PSD/CDS", refere o parlamentar do JPP.

O deputado critica o que classifica de "silêncio cúmplice dos deputados do PSD eleitos pela Madeira na Assembleia da República", argumentando que "calaram-se quando deveriam ter pedido explicações, e continuam em silêncio após o seu partido ter bloqueado a presença da ministra no Parlamento".

Provam "com mais este comportamento, que essa narrativa tem sido apenas um isco para ganhar votos", acrescentando que "travaram um pedido legítimo de escrutínio parlamentar e responsabilização política", acrescentou.

Filipe Sousa censura ainda o silêncio dos deputados do PSD eleitos pela Madeira por continuarem "calados e submissos ao centralismo de Lisboa, enquanto o Governo da República falha com a Madeira", recordando que a vinda de um segundo helicóptero foi assumida durante a campanha eleitoral, na qual o partido garantiu que estava "tudo acertado".

O deputado aponta que o partido recusa "pactuar com esta hipocrisia política", sustentando estar em causa a importância de "assegurar um dispositivo com meios adequados à defesa de vidas humanas, bens, património florestal e o respeito pelos madeirenses"

"Quem bloqueia o escrutínio político, protege o erro e perpetua a impunidade. O PSD traiu a Madeira mais uma vez. E os madeirenses têm o direito de saber porquê", conclui.

Um segundo meio aéreo de combate a incêndios estava previsto começar a operar na região, custeado pelo Estado, inicialmente a partir de 01 de julho, mas, entretanto, o presidente do Governo Regional (PSD/CDS), Miguel Albuquerque, indicou que o processo estava atrasado, justificando com as eleições legislativas antecipadas e a tomada de posse do novo executivo.

A Madeira tem, desde 2018, um meio aéreo em permanência a operar no Serviço Regional de Proteção Civil, que, além de auxiliar no combate a incêndios, é utilizado em operações de resgate, suportado pelo orçamento da região.

Em 21 de julho, Albuquerque salientou que este segundo meio dependia de concurso público. Em 25 de julho, o executivo madeirense anunciou que o concurso público, lançado pelo Governo nacional, ficou deserto, pelo que o novo helicóptero "muito dificilmente" estará disponível este ano.

Leia Também: Governo deve explicações sobre saúde, educação e imigração, diz JPP

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