A Alpine é a marca desportiva do Grupo Renault e, como tal, está a competir na Fórmula 1 com equipa de fábrica - sendo que a 'casa mãe' trocou a sua identidade em 2021 para dar destaque à Alpine.
Os resultados têm estado aquém do esperado, sendo que atualmente é um dos carros menos competitivos do pelotão. E haverá desinvestimento: com as novas regras das unidades motrizes que entram em vigor em 2026, deixará de produzir as suas motorizações para ser cliente da Mercedes.
A questão impõe-se: com François Provost como diretor-executivo, qual será o futuro da Alpine na Fórmula 1? O esclarecimento foi dado pelo próprio durante a apresentação dos resultados financeiros do primeiro semestre do ano.
Segundo a AutoHebdo, o novo dirigente do grupo francês referiu: "A Fórmula 1 é uma parte integral da nossa estratégia nuclear para a Alpine. Não tenho intenção de mudar isso".
E François Provost encara a radical alteração regulamentar do próximo ano como uma oportunidade ideal para dar passos na direção certa em termos de resultados: "A única prioridade para a equipa de Fórmula 1 é desempenho, e melhorá-lo. Melhorar o desempenho em 2025 mas, especialmente, em 2026, com a novas regras".
Cinco épocas de Alpine na F1
Foi em 2021 que o Grupo Renault decidiu tirar a marca que lhe dá nome da Fórmula 1, para colocar a Alpine em destaque - a submarca de modelos desportivos e de alto desempenho.
Inicialmente, teve Esteban Ocon e Fernando Alonso como pilotos e, nesse primeiro ano, um Alpine venceu na categoria rainha - por intermédio de Ocon na Hungria. Terminou o campeonato de construtores em quinto.
O melhor ano foi o de 2022, com a mesma dupla de pilotos a ajudar a equipa a ficar em quarto depois de lutarem regularmente pelos pontos. O ano seguinte assistiu à saída de Alonso para entrar Pierre Gasly formando uma dupla totalmente francesa. Um pódio de cada piloto foi o saldo, mas o resultado final no campeonato de Construtores foi o sexto posto.
O mesmo se repetiu em 2024 com os dois pilotos - que até chegaram a subir juntos ao pódio no GP de São Paulo (Brasil). Foi um dos pontos altos da história da Alpine enquanto marca na F1, que dificilmente se repetirá este ano com Gasly e Franco Colapinto - havendo apenas três resultados nos pontos em mais de meia época. Jack Doohan começou o ano, antes de ser rendido por Colapinto.
Apesar da ligação forte à Renault, a Alpine irá ser cliente de unidades motrizes e caixa de velocidades da Mercedes na Fórmula 1 a partir de 2026, deixando de ser equipa de fábrica em pleno. Uma mudança de estratégia da empresa para a fábrica de Viry-Châttilon ditou o fim o programa de motorizações para a classe máxima do automobilismo mundial.
Leia Também: Conquista de Norris na Hungria permite à McLaren imitar feito de Senna