O Ministério dos Assuntos Económicos (MOEA) de Taiwan indicou que as medidas propostas, esperadas para o final do ano, vão responder a "preocupações com a segurança nacional, a segurança dos veículos, a segurança da informação e a proteção da indústria automóvel" local, de acordo com a agência de notícias oficial da ilha CNA.
A legislação taiwanesa já proíbe a importação direta de veículos totalmente montados da China, enquanto os veículos montados localmente com componentes chineses devem cumprir protocolos rigorosos de localização para venda e matrícula.
A declaração do MOEA surgiu depois de uma publicação do jornal local Mirror Media, mediante a qual a BYD planeia associar-se ao Taikoo Motors Group para importar, através do concessionário em Taipé, veículos montados na Tailândia.
De acordo com fontes industriais citadas por este órgão de comunicação, já foram enviados dois modelos híbridos do Sealion para Taiwan para certificação de segurança.
O possível bloqueio à importação indireta de veículos chineses soma-se à longa lista de atritos entre a China e Taiwan, uma ilha governada de forma autónoma desde 1949 e considerada pelas autoridades de Pequim como uma "província rebelde".
No final de junho, o governo taiwanês anunciou a imposição de tarifas temporárias sobre cerveja e aço laminado a quente provenientes da China, cujos impostos chegam a um máximo de 64,14% e 20,15%, respetivamente.
Nesse mesmo mês, Taipé incluiu a empresa tecnológica chinesa Huawei e o principal fabricante de semicondutores do gigante asiático, SMIC, numa "lista negra" de empresas estrangeiras com as quais não é possível fechar vendas sem a autorização explícita do governo da ilha.
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