"A lei neste momento prevê apenas um conjunto de profissões específicas, o caso dos mineiros [...] e o nosso objetivo é o alargamento da legislação a outro conjunto de trabalhadores", disse o coordenador da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Energia e Minas (Fiequimetal), Rogério Silva, em declarações à Lusa.
O dirigente da federação sindical afirmou ainda que há trabalhadores que manuseiam "agentes químicos que têm uma perigosidade muito elevada e que são nocivos para a saúde".
Relativamente a reivindicações, o sindicato pede o acesso à reforma antecipada com 55 anos e 20 de serviço quando "sejam identificados trabalhadores que têm doenças profissionais".
Rogério Silva afirmou ainda que a Segurança Social "tem condições para comportar" as necessidades destes trabalhados e acrescentou que esta "vive uma situação bastante saudável".
Será hoje discutida em plenário na Assembleia da República a petição pública que conta com mais de 13 mil assinaturas e reivindica o reconhecimento enquanto profissões de desgaste rápido e o acesso à reforma antecipada sem penalização dos trabalhadores da indústria.
A petição contempla os trabalhadores dos setores da fabricação de material elétrico, da indústria automóvel, farmacêutica, metalúrgica, química, aeronáutica, assim como os trabalhadores da indústria do papel e do tratamento das águas.
Leia Também: Trabalhar com condições térmicas extremas? Livre quer licença remunerada