Num discurso que assinalou o 12.º aniversário da Revolução de 30 de junho de 2013, que deu início à chamada "nova república" egípcia, Abdel Fattah El-Sisi advertiu que "a paz não nasce dos bombardeamentos nem é imposta pela força".
"A continuação da guerra e da ocupação não traz a paz, mas alimenta o ódio e a violência, e abre as portas fechadas da vingança e da resistência", declarou, numa clara alusão ao conflito israelo-palestiniano, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Neste sentido, reiterou que "a paz no Médio Oriente só será alcançada com o estabelecimento de um Estado palestiniano independente nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital".
El-Sisi aproveitou para destacar as realizações do Governo nos últimos anos, afirmando que os egípcios "frustraram as tentativas de chantagem" e conseguiram "colocar o país de novo no bom caminho".
O Presidente da República afirmou ainda que o Egito construiu "uma infraestrutura sólida" e fez progressos no domínio da habitação e do desenvolvimento.
"A Revolução de 30 de junho foi o ponto de partida da nova república", disse El-Sisi, que acrescentou que a verdadeira paz só pode ser construída "sobre as bases da justiça, da equidade e da compreensão".
O Egito, que faz fronteira com a Faixa de Gaza e com Israel, é um dos países envolvidos na mediação de um cessar-fogo para o mais recente conflito armado entre palestinianos e israelitas.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque do grupo radical palestiniano Hamas no sul de Israel, em outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A retaliação israelita provocou mais de 56.000 mortos em Gaza e a destruição de grande parte das infraestruturas do enclave palestiniano que o Hamas governa desde 2007.
Leia Também: Guerra entre Irão e Israel? "É uma oportunidade" para um "novo caminho"