Trump reclama abertura de mercados de Filipinas e Indonésia

O Presidente Donald Trump reivindicou terça-feira ter obtido para as empresas norte-americanas acesso livre de tarifas aos mercados de Filipinas e Indonésia, quando ainda decorrem negociações para concluir acordos comerciais com estes países asiáticos.

Donald Trump, Estados Unidos,

© Michael Kappeler/picture alliance via Getty Images

Lusa
23/07/2025 07:37 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Tarifas

Após uma reunião hoje na Casa Branca com o homólogo filipino, Ferdinand Marcos Jr., Trump afirmou ter chegado a um acordo comercial com Manila que permitirá reduzir a tarifa alfandegária aplicada aos produtos do país asiático para 19%, abaixo da tarifa de 20% que tinha ameaçado aplicar a partir de 01 de agosto.   

 

Em sentido inverso, as Filipinas passariam a ser um mercado aberto e as empresas norte-americanas não pagariam tarifas, disse na rede Truth Social, elogiando Marcos, um "negociador tão bom e firme".

A administração de Marcos indicou antes da reunião que estava preparada para oferecer tarifas zero sobre alguns produtos norte-americanos para fechar um acordo com Trump.

Perante os jornalistas no Sala Oval antes da sua reunião privada, Marcos afirmou que a relação com Washington tornou-se "tão importante quanto possível".

Quando questionado sobre como planeia equilibrar as relações do seu país entre os Estados Unidos e a China, potência com a qual mantém disputas territoriais em zonas do Mar do Sul da China, Marcos disse que não havia necessidade de equilíbrio, e que "o parceiro mais forte" de Manila "sempre foram os Estados Unidos".

O acordo anunciado com as Filipinas é o mais recente de quatro anunciados pelos Estados Unidos até à data, desde que Trump avançou a 02 de abril - que designou como "dia da libertação" - com "tarifas recíprocas" sobre quase todos os seus parceiros comerciais, causando forte perturbação comercial e económica global.

Foi ainda alcançado um acordo de distensão com a China, após o aumento das tensões comerciais entre as duas potências mundiais na sequência do anúncio de tarifas "recíprocas", e decorrem negociações com a União Europeia, tendo como prazo de conclusão 01 de agosto.

Também hoje, Trump divulgou informações sobre os termos de um acordo comercial com a Indonésia alcançado na semana passada e saudou na rede Truth Social a abertura "do mercado indonésio às empresas americanas", graças a um acordo comercial que "é uma grande vitória para empresas automóveis, farmacêuticas, agricultores e produtores pecuários".

De acordo com um comunicado da Casa Branca, trata-se, no entanto, de um entendimento sobre a estrutura para um futuro acordo comercial, que ainda tem de ser desenvolvido.

A Indonésia deverá isentar quase todos os produtos norte-americanos de impostos alfandegários e reconhecer os padrões americanos para vários deles, como os automóveis e os produtos farmacêuticos, além de recuar na introdução previamente planeada de um imposto sobre a economia digital e levantar as restrições existentes à exportação de minerais.

O acordo deverá também permitir aos Estados Unidos garantir que os produtos de outros países, especialmente a China, não transitem pela Indonésia antes de serem exportados para a América do Norte, de forma a evitar tarifas ou restrições mais elevadas.

O acordo, anunciado a 15 de julho, previa, nomeadamente, a redução das tarifas sobre os produtos indonésios que entram nos Estados Unidos para 19%, abaixo dos 32% inicialmente previstos no início de abril, quando foram anunciadas tarifas "recíprocas".

O arquipélago asiático já tinha dado um primeiro passo em direção a Washington a 08 de julho, comprometendo-se a importar mais produtos agrícolas e petrolíferos americanos, num esforço para apaziguar o executivo Trump e evitar um aumento excessivo das tarifas sobre os seus produtos.  

De acordo com dados oficiais, os Estados Unidos registaram um défice comercial de 17,9 mil milhões de dólares (16,2 mil milhões de euros) com a Indonésia em 2024, um aumento de 5,4% em relação a 2023.

Leia Também: Trump anuncia acordo comercial com Japão que inclui tarifas de 15%

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