A família de Maruan al Homs, diretor do hospital Abú Yusef al Najar, em Rafah, na Faixa de Gaza, que foi, alegadamente sequestrado pelas forças de Israel, alega que o homem foi alvejado e está ferido.
As autoridades de Gaza acusaram, na segunda-feira, o Exército israelita de raptar Maroun al-Homs, homem responsável, também, por vários hospitais de campanha no conclave.
O Ministério da Saúde de Gaza disse na rede social Telegram que Al-Homs foi "sequestrado por uma unidade armada especial", acrescentando tratar-se de "um precedente perigoso que representa um ataque direto às vozes dos doentes, dos famintos e daqueles que sofrem na Faixa de Gaza".
Uma testemunha do sequestro disse ao meio Mada Masr que, por volta do meio-dia de segunda-feira, um grupo de indivíduos armados se infiltrou numa área perto de uma estância costeira em Khan Younis.
O médico estava numa ambulância a caminho de um hospital de campanha no sul de Gaza, “desempenhando funções humanitárias e médicas de rotina”, quando tudo aconteceu, segundo relata o Gabinete de Comunicação Social do Governo local.
A testemunha ocular disse ter visto a unidade armada sair de um carro e abrir fogo contra civis próximos enquanto efetuava o rapto.
A família do médico pediu ajuda ao Comité Internacional da Cruz Vermelha para que reúna esforços para proceder à libertação do médico. Alegam ainda que o homem foi alvejado num pé no momento em que foi surpreendido pelas Forças de Defesa de Israel e que está ferido.
"Este ato cobarde teve como alvo uma das vozes médicas e humanitárias mais importantes, que mostrou ao mundo a dor das crianças que morrem de fome, o sofrimento dos feridos sem medicamentos e os gritos das mães à porta dos hospitais", disse o Governo de Gaza.
Trata-se de "uma grave violação da liberdade de expressão e do trabalho humanitário", disseram as autoridades de Gaza, sublinhando que as autoridades israelitas são "totalmente responsáveis" pela segurança de Al-Homs.
A ofensiva contra Gaza, lançada em resposta aos ataques de 7 de outubro de 2023 - nos quais morreram 1.200 pessoas e quase 250 foram raptadas, segundo o Governo israelita - matou até ao momento mais de 58.900 palestinianos, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano, controlado pelo movimento islamita Hamas.
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