Um padre polaco está a ser acusado do homicídio de um homem em situação de sem-abrigo. A vítima terá sido atacada repetidamente com um machado e incendiada.
O padre, de 60 anos, identifica como Miroslaw M., fui acusado pela justiça polaca de crime cometido com particular crueldade e está neste momento em prisão preventiva, enquanto aguarda o julgamento. Se for considerado culpado, pode ser condenado à pena de prisão perpétua.
O que aconteceu, segundo as autoridades
Miroslaw M. e a vítima, de 68 anos, identificada como Anatol Cz., conheciam-se. Aliás, o padre teria concordado cuidar do homem sem-abrigo até ao final da vida do mesmo, em troca da doação de um imóvel. A discussão terá começado devido a este acordo.
As autoridades dizem que estavam dentro de um carro, na passada quinta-feira, já durante a noite, quando começou a discussão, alegadamente sobre o alojamento futuro de Anatol Cz.
O desentendimento passou de verbal a físico e o padre terá atacado a vítima com um machado, atingindo a cabeça do homem. De seguida, terá deitado um líquido inflamável por cima de Anatol Cz. e fugiu do local no carro.
Foi nessa altura, que um ciclista passou pelo local e encontrou Anatol Cz. ainda envolvido em chamas. As autoridades foram chamadas ao local, tendo sido alertadas por volta das 22h20.
A porta-voz do Ministério Público do Distrito de Radom, Aneta Góźdź, citada pelo jornal The Independent, diz que a autópsia revelou que “a vítima sofreu queimaduras em 80% do corpo e ferimentos na cabeça causados por um objeto afiado e pesado”.
Padre mostrou arrependimento
No dia do crime, Miroslaw M. foi levado para a esquadra onde confessou o homicídio. “Ele forneceu uma explicação detalhada, especificando as circunstâncias do seu contato com a vítima e o decorrer dos eventos”, acrescentou Góźdź em conferência de imprensa.
Durante o interrogatório, as autoridades contam que o padre mostrou remorsos e chegou mesmo a chorar.
Miroslaw M. deve ser expulso da Igreja
O arcebispo de Varsóvia Adrian Galbas afirmou apenas dois dias depois do crime que pediu uma audiência com a Santa Sé, no Vaticano, para expulsar o padre do sacerdócio - a pena mais pesada nas leis da Igreja Católica para um membro do clero.
Até ao momento, o Vaticano ainda não terá respondido.
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