Moscovo acusa Kyiv de rejeitar devolução de mil prisioneiros de guerra

O chefe da delegação russa para as conversações de paz, Vladimir Medinsky, denunciou hoje que a Ucrânia rejeitou a devolução de mil prisioneiros de guerra ucranianos, no âmbito das recentes trocas acordadas entre Moscovo e Kyiv.

Vladimir Medinsky

© Arif Hudaverdi Yaman/Anadolu via Getty Images

Lusa
06/08/2025 20:06 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Mil prisioneiros de guerra das Forças Armadas da Ucrânia rejeitados por Kyiv", anunciou Medinsky no seu canal de Telegram, publicando um 'link' para um 'site' com os nomes e informações dos soldados detidos.

 

Medinsky observou que, devido à recusa de Kyiv em aceitar estes prisioneiros, "a segunda troca mal avançou e a terceira ainda não começou".

As trocas de prisioneiros, em regime de "todos por todos", incluindo prisioneiros gravemente doentes e feridos, assim como jovens com menos de 25 anos, foram acordadas durante as duas rondas de negociações russo-ucranianas realizadas em Istambul, na Turquia, em meados de maio e início de julho.

Até ao momento, as partes não conseguiram chegar a acordo sobre uma data para a terceira ronda, enquanto o Presidente norte-americano, Donald Trump, começou a perder a paciência com a Rússia e apresentou ao Kremlin um ultimato que expira esta quinta-feira.

Donald Trump considerou hoje que a reunião do seu enviado, Steve Witkoff, com o líder tusso, Vladimir Putin, foi "muito produtiva" e permitiu alcançar "grandes progressos", mas não esclareceu se vai implementar novas sanções.

O encontro decorreu na capital russa a dois dias de expirar um ultimato estabelecido pelo líder da Casa Branca à Rússia no sentido de suspender a sua ofensiva na Ucrânia, sob ameaça de agravamento de sanções a Moscovo e sanções secundárias a países que comprem hidrocarbonetos russos.

Após o encontro entre Putin e Witkoff em Moscovo, o Kremlin (presidência russa) descreveu apenas as conversações como "úteis e construtivas", mas recusou "dar continuidade aos comentários com algo mais substancial" até que Trump recebesse informações sobre o assunto.

Um alto responsável norte-americano citado pelas agências internacionais indicou que, apesar dos progressos assinalados por Trump, os Estados Unidos ainda planeiam implementar sanções secundárias na sexta-feira, visando os países que compram bens à Rússia, sobretudo petróleo e armas.

Após a pressão de Trump, que chegou a ameaçar os países importadores de produtos russos com tarifas comerciais de 100%, o ex-presidente russo Dmitri Medvedev, atualmente vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, considerou que cada novo ultimato era "uma ameaça e um passo em direção à guerra".

Em resposta a estas declarações, o líder norte-americano ordenou o envio de dois submarinos nucleares para perto do território russo.

Leia Também: Zelensky diz estar a trabalhar para troca de prisioneiros com Rússia

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