"Mil prisioneiros de guerra das Forças Armadas da Ucrânia rejeitados por Kyiv", anunciou Medinsky no seu canal de Telegram, publicando um 'link' para um 'site' com os nomes e informações dos soldados detidos.
Medinsky observou que, devido à recusa de Kyiv em aceitar estes prisioneiros, "a segunda troca mal avançou e a terceira ainda não começou".
As trocas de prisioneiros, em regime de "todos por todos", incluindo prisioneiros gravemente doentes e feridos, assim como jovens com menos de 25 anos, foram acordadas durante as duas rondas de negociações russo-ucranianas realizadas em Istambul, na Turquia, em meados de maio e início de julho.
Até ao momento, as partes não conseguiram chegar a acordo sobre uma data para a terceira ronda, enquanto o Presidente norte-americano, Donald Trump, começou a perder a paciência com a Rússia e apresentou ao Kremlin um ultimato que expira esta quinta-feira.
Donald Trump considerou hoje que a reunião do seu enviado, Steve Witkoff, com o líder tusso, Vladimir Putin, foi "muito produtiva" e permitiu alcançar "grandes progressos", mas não esclareceu se vai implementar novas sanções.
O encontro decorreu na capital russa a dois dias de expirar um ultimato estabelecido pelo líder da Casa Branca à Rússia no sentido de suspender a sua ofensiva na Ucrânia, sob ameaça de agravamento de sanções a Moscovo e sanções secundárias a países que comprem hidrocarbonetos russos.
Após o encontro entre Putin e Witkoff em Moscovo, o Kremlin (presidência russa) descreveu apenas as conversações como "úteis e construtivas", mas recusou "dar continuidade aos comentários com algo mais substancial" até que Trump recebesse informações sobre o assunto.
Um alto responsável norte-americano citado pelas agências internacionais indicou que, apesar dos progressos assinalados por Trump, os Estados Unidos ainda planeiam implementar sanções secundárias na sexta-feira, visando os países que compram bens à Rússia, sobretudo petróleo e armas.
Após a pressão de Trump, que chegou a ameaçar os países importadores de produtos russos com tarifas comerciais de 100%, o ex-presidente russo Dmitri Medvedev, atualmente vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, considerou que cada novo ultimato era "uma ameaça e um passo em direção à guerra".
Em resposta a estas declarações, o líder norte-americano ordenou o envio de dois submarinos nucleares para perto do território russo.
Leia Também: Zelensky diz estar a trabalhar para troca de prisioneiros com Rússia