Pelo menos 87 escolas encerradas em Cabo Delgado após novos ataques

Pelo menos 87 escolas permanecem encerradas em Cabo Delgado devido aos recentes ataques de grupos extremistas no distrito de Chiúre, naquela província do norte de Moçambique alvo da insurgência armados desde 2017, anunciaram hoje as autoridades locais.

REPORTAGEM: Deslocados em Chiúre

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Lusa
07/08/2025 13:05 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Moçambique

"Há um trabalho que está a ser realizado (...) de mapeamento de quantas crianças estão nesta situação de perda das provas e onde é que se encontram, porque depois vamos ter que as submeter a uma avaliação, para não que não percam o ano letivo", disse à comunicação social Rachid Suále, o chefe do Departamento Pedagógico na Direção Provincial da Educação em Cabo Delgado.

 

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico, com um visível recrudescimento desde a última semana de julho.

Segundo o representante, dados preliminares indicam que foram afetados mais de 48.000 alunos e 490 professores naquela província, sendo a situação preocupante, naquele distrito do sul da província, palco de ataques de grupos extremistas desde 24 de julho.

Suále avançou ainda que, neste momento, decorre o rastreio das crianças que não podem realizar as avaliações trimestrais, devido às incursões terroristas, que já provocaram mais de 57.000 deslocados só no distrito de Chiúre.

Até 21 do junho, pelo menos 117 escolas permaneciam encerradas em vários distritos da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, conforme anunciaram na altura as autoridades locais.

O ministro da Defesa Nacional admitiu na semana passada preocupação com a onda de novos ataques em Cabo Delgado, adiantando que as forças de defesa estão no terreno a perseguir os rebeldes armados.

"Como força de segurança não estamos satisfeitos com o estado atual, tendo em conta que os terroristas nos últimos dias tiveram acesso às zonas mais distantes do centro de gravidade que nós assinalámos", disse o ministro Cristóvão Chume, aos jornalistas.

Pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos no norte de Moçambique em 2024, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo um estudo divulgado em fevereiro pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS).

Leia Também: Prejuízos na LAM obrigaram Moçambique a injetar 13,7 milhões em 2023

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