"Determinei que o nosso Departamento do Comércio começasse imediatamente a trabalhar num novo censo altamente preciso, baseado em dados e números atuais e utilizando criticamente os resultados e informações obtidos na eleição presidencial de 2024", escreveu Trump, numa mensagem na rede Truth Social.
O Presidente norte-americano - que desde que regressou ao poder, em janeiro, intensificou a sua política de deportações e negação de asilo - acrescentou que os imigrantes sem documentos não serão contabilizados no censo, contrariando uma regra existente até hoje.
O mais recente censo dos EUA foi realizado em 2020 e o próximo está previsto para 2030.
De acordo com a Constituição dos EUA, que estipula a frequência e os procedimentos para o inquérito, o censo é realizado de 10 em 10 anos, e os seus resultados são os únicos válidos para a atribuição de distritos eleitorais e representação no Congresso.
O Congresso, atualmente sob controlo republicano, tem o poder de ordenar censos adicionais ou intermédios através de legislação regular, embora sejam utilizados apenas para fins estatísticos e os seus resultados não devam ser utilizados para os mapas eleitorais.
Esta decisão do Presidente dos EUA coincide com uma controvérsia sobre uma tentativa dos congressistas republicanos no Texas de redesenhar o mapa eleitoral do estado - uma proposta defendida por Trump que acrescentaria cinco lugares para o seu partido na Câmara dos Representantes dos EUA antes das eleições intercalares do próximo ano.
A introdução da medida na legislatura estadual do Texas gerou uma intensa reação entre os democratas, que abandonaram o estado, para tentar bloquear o avanço da proposta. Em resposta, o governador republicano do Texas, Gregg Abbott, ameaçou destituir esses congressistas e mesmo prendê-los.
Membros eleitos de vários estados controlados pelo Partido Democrata, como a Califórnia e Nova Iorque, anunciaram que poderiam iniciar processos semelhantes.
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