Homem acusado de matar congressista estadual nos EUA declara-se inocente

O homem acusado de matar a líder democrata no congresso do estado norte-americano de Minnesota e o seu marido, e de ferir um senador estadual e a mulher, declarou-se hoje inocente, perante um tribunal federal.

Booking photos of suspect in shootings Minnesota state lawmakers in Minneapolis

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Lusa
07/08/2025 17:25 ‧ há 2 horas por Lusa

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Em 15 de julho, Vance Boelter, de 58 anos, do Minnesota, foi acusado de seis crimes de homicídio, perseguição e posse ilegal de arma de fogo. Os acontecimentos ocorreram em junho.

 

As acusações de homicídio podem levar à pena de morte, embora os procuradores digam que a decisão deverá demorar vários meses e ainda não há data para o início do julgamento.

Um dos advogados do arguido apresentou a declaração em seu nome durante a audiência de hoje, embora Boelter estivesse presente na sessão, onde apenas disse compreender as acusações de que é alvo.

Quando os procuradores anunciaram a acusação, divulgaram uma carta escrita à mão que, segundo eles, Boelter escreveu ao diretor do FBI (polícia federal norte-americana), Kash Patel, na qual confessava o homicídio a tiro de Melissa Hortman e do marido, Mark, a 14 de junho.

No entanto, a carta não esclarece por que razão escolheu a família Hortman como alvo ou o senador John Hoffman e a sua mulher, Yvette, que sobreviveram.

A audiência de hoje, perante a juíza Dulce Foster, serviu também como uma conferência de gestão de casos, na qual foi dado a conhecer um cronograma revisto com vários prazos, embora não tenha sido definida uma data para o julgamento.

Os procuradores decidiram designar o processo como um "caso complexo" para que os requisitos de julgamento rápido não se apliquem, alegando que ambas as partes precisarão de bastante tempo para analisar as volumosas provas.

"A investigação deste caso surgiu da maior caça ao homem da história do Minnesota", escreveram os procuradores, acrescentando que existe "uma quantidade substancial de material de investigação e relatórios de mais de uma dúzia de diferentes agências". Elementos que, segundo especificaram as mesmas fontes, se somam a milhares de horas de filmagens e a dezenas de milhares de páginas de respostas a dezenas de intimações.

Hoje, a juíza Dulce Foster concordou que o caso é complexo e excluiu-o dos requisitos de julgamento rápido.

As motivações de Boelter permanecem desconhecidas.

Os amigos de Vance Boelter descreveram-no como um cristão evangélico com visões politicamente conservadoras que se tem esforçado para encontrar trabalho.

As autoridades disseram que Boelter fez longas listas de políticos no Minnesota e noutros estados, a maioria democratas.

Numa série de notas enigmáticas enviadas ao jornal The New York Times a partir da prisão, Boelter sugeriu que as suas ações estavam parcialmente enraizadas no mandamento cristão de amar o próximo.

"Como amo os meus vizinhos, antes de 14 de junho, conduzi uma investigação secreta de dois anos", escreveu o arguido.

Em mensagens publicadas anteriormente pelo jornal The New York Post, Boelter insistiu que os disparos não tinham nada a ver com a sua oposição ao aborto ou com o seu apoio ao Presidente Donald Trump, mas recusou-se a dar mais pormenores.

Os procuradores dizem que Boelter estava disfarçado de polícia e conduzia um carro-patrulha falso no início do dia 14 de junho, quando foi a casa dos Hoffman, em Champlin, um subúrbio de Minneapolis.

Nessa altura, Boelter disparou nove vezes sobre o senador e sobre a sua mulher oito vezes, disseram as autoridades.

O arguido foi mais tarde à casa dos Hortman, no bairro vizinho de Brooklyn Park, e matou os dois elementos do casal, segundo as autoridades.

Boelter rendeu-se às autoridades na noite seguinte.

Leia Também: Tarifas: Suíça continua a querer falar com EUA sem retaliar por enquanto

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