Chefe do Exército israelita garante que se exprimirá livremente

"Continuaremos a expressar a nossa posição sem medo, de forma pragmática, independente e com profissionalismo", disse o tenente-general Zamir, perante a chefia do Exército israelita.

Eyal Zamir, IDF

© Israel Defense Forces (IDF) / Handout/Anadolu via Getty Images

Lusa
07/08/2025 13:10 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O comandante do Exército israelita, Eyal Zamir, garantiu hoje que continuará a manifestar-se "sem medo" e "com profissionalismo", no meio de um conflito com o Governo e horas antes de uma reunião decisiva sobre o futuro da guerra em Gaza.

 

"Continuaremos a expressar a nossa posição sem medo, de forma pragmática, independente e com profissionalismo", disse o tenente-general Zamir, perante a chefia do Exército israelita, citado num comunicado das Forças Armadas israelitas.

Há vários dias que os meios de comunicação israelitas têm noticiado manifestações de reserva por parte das chefias militares ao plano do Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de intensificar as operações na Faixa de Gaza.

"Não estamos a lidar com teorias --- estamos a lidar com questões de vida ou de morte, com a defesa do Estado, e fazemo-lo com sinceridade perante os nossos soldados e os cidadãos do país", acrescentou Zamir.

Esta é a primeira vez que o chefe do Estado-Maior israelita - nomeado em março último por Netanyahu - se pronuncia publicamente sobre a próxima fase das operações em Gaza, atualmente em discussão pelo Governo.

Segundo a imprensa israelita, Netanyahu está determinado em intensificar as operações do Exército em Gaza, mas Zamir tem alertado o Governo para os riscos de uma ocupação total do enclave palestiniano e para o perigo que isso representaria para as vidas dos reféns.

Perante este conflito de posições, o ministro da Defesa, Israel Katz, defendeu na quarta-feira que, em qualquer caso, o chefe do Estado-Maior deve "executar com determinação" as decisões políticas do Governo.

Das 251 pessoas raptadas em 07 de outubro de 2023 pelo movimento islamita palestiniano Hamas e aliados, 49 continuam reféns em Gaza, 27 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita.

Os reféns foram raptados pelo Hamas durante o ataque no sul de Israel que causou cerca de 1.200 mortos e desencadeou a guerra em curso na Faixa de Gaza, com dezenas de milhares de mortos e acusações de genocídio contra o Governo israelita.

A ofensiva israelita causou também uma crise na Faixa de Gaza, com denúncias de mortes de crianças à fome, e a destruição de grande parte das infraestruturas do território palestiniano.

Leia Também: Ajudas da Fundação Humanitária de Gaza? "Assassinatos orquestrados"

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