Após cerca de 24 anos após a tragédia do 11 de Setembro, nos EUA, foram identificadas mais três das vítimas mortais do ataque ao World Trade Center.
A descoberta foi possível graças a testes de ADN e com a ajuda das famílias das vítimas.
Ryan Fitzgerald, Barbara Keating e uma outra mulher [que a família pediu para não ser divulgado o nome] são as mais recentes vítimas mortais identificadas. Recorde-se que morreram 2.753 pessoas, sendo que apenas 1.653 foram identificadas até ao momento.
“A dor de perder um dos nossos nos ataques terroristas do 11 de setembro é uma dor que ecoa durante décadas, mas com estas três novas identificações, damos um passo para ajudar a confortar as famílias que estão em luto desde aquele dia”, afirmou Eric Adams, mayor da cidade de Nova Iorque, em conferência de imprensa realizada esta quarta-feira.
"Como um antigo elemento das forças de segurança, que serviu a cidade durante o 9/11, compreendo profundamente o sentimento de perda que estas famílias têm vivido", acrescentou, esperando que este passo possa ser mais um a ajudar estas famílias a terem paz no seu sofrimento.
Quem são estas três vítimas?
Ryan Fittzgerald tinha 26 anos e a sua identidade foi confirmada com recurso a testes de ADN, depois de os seus restos mortais terem sido encontrados em 2002.
O obituário do jovem refere-se a ele como um "homem da cidade" que trabalhava como corretor de moeda estrangeira na Fiduciary Trust, na Torre Sul. Na altura, estava a tirar um mestrado em administração de empresas no Dowling College.
Fitzgerald era natural de Floral Park, Nova Iorque, e tinha acabado de comprar a sua própria casa em Manhattan.
Barbara Keating tinha 72 anos e era uma das passageiras do voo 11 da American Airlines. A mulher regressava a casa a Palm Springs, na California, depois de ter ido visitar os netos a esta zona do país.
A idosa, que já tinha sobrevivido a um cancro, era viúva desde 1983 e trabalhou como recepcionista numa paróquia local em Palm Springs. Avó de 12 crianças, "tinha sempre um sorriso no rosto".
Barbara ia sentada ao lado da atriz Berinthia Perkins, viúva de Anthony Perkins, quando o aparelho foi sequestrado e embateu numa das Torres Gémeas.
A terceira vítima foi identificada também através de testes de ADN depois de os seus restos mortais terem sido encontrados em 2001 e preservados até agora.
Autoridades prometem continuar a trabalhar
Na sequência destas revelações, as autoridades fizeram saber que, quase 25 anos depois da tragédia, "o nosso compromisso para identificar os desaparecidos e entregá-los às suas famílias mantém-se forte como nunca",
"Cada nova identificação atesta a promessa da ciência e o apoio contínuo às famílias, apesar do passar do tempo. Continuamos este trabalho como forma de homenagear os que perderam a vida", afirmou Jason Graham, médico legista responsável por este processo.
O 11 de Setembro
No dia 11 de setembro de 2001, dois aviões de passageiros embateram, com alguns minutos de intervalo (08h46 e 09h04, horas locais), nas torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque. Dois outros aparelhos despenharam-se sobre o Pentágono, em Washington, D.C., e num descampado na Pensilvânia.
A autoria dos atentados, que fizeram quase 3.000 mortos, foi reivindicada pela organização terrorista Al-Qaeda.
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