Juiz federal recusa divulgar depoimento que levou a indiciar Ghislaine Maxwell

Um juiz federal nova-iorquino rejeitou hoje o pedido do Governo norte-americano para divulgar as transcrições do depoimento secreto do grande júri que levou ao indiciamento por tráfico sexual de Ghislaine Maxwell, ex-namorada e cúmplice do magnata Jeffrey Epstein.

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Lusa
11/08/2025 17:27 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Ghislaine Maxwell

Segundo o juiz Paul A. Engelmayer, o argumento do Governo de que tais declarações revelariam nova informação significativa sobre os crimes cometidos por Epstein e Maxwell "é falso".

 

O magistrado revelou que nos documentos nenhuma outra pessoa, além de Maxwell e Epstein, é acusada de ter tido relações sexuais com menores.

E acrescentou que as transcrições "não mencionam nem identificam nenhum cliente de Epstein ou Maxwell", nem investigam as circunstâncias da morte do magnata, que se suicidou numa prisão de Nova Iorque antes de ser julgado.

"A moção sugere que os materiais são uma mina inexplorada de informações não-reveladas sobre Epstein, Maxwell e os seus cúmplices, mas definitivamente não são", afirmou Engelmayer na sua decisão.

Em julho, o Departamento de Justiça (DOJ) solicitou a divulgação das transcrições do depoimento do grande júri, num documento assinado pela procuradora-geral, Pam Bondi, e pelo procurador-geral adjunto, Todd Blanche.

No documento, Bondi e Blanche argumentavam que o pedido se devia ao interesse público em torno da investigação realizada pelo DOJ e pelo FBI (agência federal de serviços secretos e de segurança interna), que concluiu que Jeffrey Epstein não tinha uma "lista de clientes" famosos que estivesse a chantagear.

A investigação deixou insatisfeitos os mais fervorosos apoiantes do movimento 'Make America Great Again' (MAGA), pois o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tinha prometido revelar "a verdade" sobre o caso antes de iniciar o seu segundo mandato, em janeiro (2025-2029).

Algum tempo depois, Trump pediu a Bondi que se mobilizasse para a divulgação de todos os depoimentos do grande júri, desde que o tribunal autorizasse.

No início deste mês, Maxwell, que está a cumprir uma pena de 20 anos de prisão, pediu ao juiz que não tornasse públicas as transcrições.

A sua defesa argumentou que o interesse da opinião pública em Epstein "não pode justificar uma ampla intrusão no sigilo do grande júri, num caso em que a acusada está viva e os seus direitos ao devido processo legal persistem".

Leia Também: Ex-parceira de Epstein transferida para prisão de segurança mínima

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