Chumbo do TC? Ventura remete decisão sobre órgãos para Conselho Nacional

 O presidente do Chega desvalorizou hoje a decisão do Tribunal Constitucional que rejeitou o recurso apresentado pelo partido à decisão que declarou inválida a eleição dos órgãos nacionais, remetendo para uma reunião do Conselho Nacional em setembro.

andré ventura, chega

© Getty Images

Lusa
22/07/2025 19:37 ‧ há 11 horas por Lusa

Política

CHEGA

À saída de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, André Ventura foi questionado sobre a decisão do TC.

 

Numa primeira resposta, Ventura disse apenas que o partido "já tem uma convenção marcada" e que essa decisão "não tem impacto" porque o partido já ia marcar uma reunião magna "de qualquer maneira".

Questionado sobre a data dessa convenção nacional, Ventura respondeu que já tinha sido marcada para setembro uma reunião do Conselho Nacional do partido, que vai convocar essa convenção.

Segundo o acórdão, de maio passado, a que a agência Lusa teve acesso, os juízes do Palácio Ratton decidiram "negar provimento ao recurso" apresentado pelo Chega, confirmando assim a invalidação da eleição dos órgãos nacionais na VI Convenção Nacional do Partido Chega, que decorreu entre 12 e 14 de janeiro de 2024.

Em outubro do ano passado, o TC já tinha invalidado também a eleição dos órgãos nacionais do partido realizada na penúltima convenção, que decorreu em Santarém em janeiro de 2023.

Numa nota enviada hoje à Lusa, os militantes Gregório Teixeira e Fernando Nóbrega alertam para "a gravíssima situação de ilegalidade em que o partido se encontra".

Estes dois militantes entregaram no passado ações de impugnação da eleição da mesa e dos órgãos nacionais do Chega eleitos na VI Convenção.

Os dois apresentaram ações de impugnação às eleições internas do Chega, sendo que a de Fernando Nóbrega foi a primeira a ter uma decisão por parte do tribunal - a invalidação da eleição dos órgãos nacionais - e Gregório Teixeira acabou por retirar a sua.

Os militantes do Chega dizem estar "exaustos de assistir, desde 2019, a um padrão repetido de manipulação interna, ausência de escrutínio democrático e controlo total do partido por André Ventura, que o tem conduzido como um projeto pessoal e autocrático".

"Com a anulação judicial das eleições de 2024, o Chega encontra-se sem quaisquer órgãos dirigentes válidos. A sua estrutura atual é nula e inexistente aos olhos da lei. Os únicos órgãos juridicamente subsistentes são os da fundação do partido, em 2019, de caráter técnico e provisório, cuja legitimidade cessou há muito tempo", acrescentam.

Leia Também: TC rejeita recurso do Chega da decisão que invalidou eleições internas

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