O candidato presidencial Luís Marques Mendes salientou, esta terça-feira, que se "alguém quer ser candidato [às Presidenciais] que venha a jogo", notando que cumprimenta "todos os candidatos" de Direita e Esquerda com "fairplay democrático".
"Sou sempre muito coerente. Alguém que quer ser candidato que venha a jogo, com todo o gosto. Cumprimento todos os candidatos, sejam da Direita ou da Esquerda, com fairplay democrático. Em Democracia, todos são bem-vindos", afirmou aos jornalistas, em Aveiro, quando questionado acerca das possíveis candidaturas a Belém de Rui Moreira e João Cotrim de Figueiredo.
E acrescentou: "Para mim, não há nenhum objeção. Alguém tem vontade de ser, considera que pode ser útil ao país, que tem um pensamento, um projeto, sejam todos bem-vindos. É o jogo democrático. Não me oferece nenhuma contestação".
"Há duas coisas a ter em atenção: a primeira é que quem ser candidato, tome a decisão. Não é normalmente uma decisão fácil, mas tome uma decisão. Eu cumprimento-os a todos. Tenho feito sempre assim, com fairplay democrático e com a consciência de que isto enriquece a democracia. São bem-vindos", frisou.
Marques Mendes referiu ainda não irá ter "uma palavra de crítica ou de ataque por alguém que queira ser candidato", dizendo que "é exatamente o contrário".
Perguntado sobre Rui Moreira ter dito, há uns meses, que não era talhado para o cargo, Luís Marques Mendes atirou: "Quer que eu critique Rui Moreira? Não vou fazer isso. Não estou aqui a fazer uma campanha pela negativa. Saúdo todos os candidatos".
"Eu quero ser presidente da República e um Presidente da República deve existir para unir, para congregar. Não para estar a dividir e não para estar aqui a fazer ataques pessoais", destacou.
E reiterou: "Quem quer ser candidato, com toda a franqueza, venha a jogo. Saúdo, cumprimento, são todos bem-vindos".
"Esta sondagem é muito encorajadora. É muito positiva"
Já sobre as sondagens que dão um "empate quase técnico" entre Marques Mendes, o almirante Gouveia e Melo, António José Seguro, o ex-líder do PSD sublinhou: "Há muitos candidatos sempre em eleições presidenciais e depois os portugueses fazem o seu juízo".
"Sondagens são sondagens. Há umas boas, há umas más, há umas melhores, há outras piores. Esta sondagem, para mim, é muito encorajadora. É muito positiva. É difícil ter uma sondagem até mais encorajadora" disse.
Referiu ainda que estes resultados mostram que os contactos que foi fazendo com os portugueses nos últimos meses valeram a pena, lembrando que quando anunciou a sua candidatura, há cinco meses, a diferença que as sondagens davam para o candidato Gouveia e Melo era de 20 pontos favorável a ele.
"Havia muita gente que até dizia que a minha candidatura seria uma loucura, que a eleição estava a ganha e estava decidida. Agora, por esta sondagem, estamos num empate. É uma diferença de três pontos. E, na segunda volta, a diferença entre eu e Gouveia e Melo é de 0,8%", salientou.
O que dizem as (últimas) sondagens?
De notar que, no mais recente barómetro da Intercampus para o Correio da Manhã, CMTV e Jornal de Negócios, o almirante Gouveia e Melo surge num "quase empate técnico" com Luís Marques Mendes e António José Seguro.
Embora continue a liderar as intenções de voto dos portugueses nas Presidenciais de 2026, o o antigo chefe do Estado-Maior da Armada afundou 6,7 pontos percentuais face à sondagem de junho, na qual reunia 27,3% das intenções de voto. Já em julho, 20,6% dos portugueses inquiridos admitiram votar em Henrique Gouveia e Melo. Saliente-se que, em março, o almirante era o favorito da população, com 35,6% das intenções de voto.
Luís Marques Mendes também caiu de junho para julho, registando-se menos 1,3 pontos percentuais nas intenções de voto. Se em junho era a escolha de 18,5% dos portugueses, este mês apenas 17,2% apostaria no social-democrata.
António José Seguro, por seu turno, disparou de 11%, em junho, para 16,5%, o que representa um salto de 5,5 pontos percentuais. O Negócios sublinhou, inclusive, que o socialista foi quem mais subiu nas intenções de voto em julho, após ter registado menos de 5% quando anunciou entrar na corrida a Belém.
Uma vez que a margem de erro desta sondagem é de 4%, os três candidatos estão a uma décima de um empate técnico. Trata-se do cenário mais renhido desde que são elaborados estudos quanto às intenções de voto para as eleições presidenciais.
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