Autárquicas. PS com 47 presidentes de saída quer manter 'mapa rosa'

Com o objetivo de continuar como principal partido autárquico, o PS parte para as eleições com 47 presidentes a atingir o limite de mandato e poucas capitais de distrito, apresentando-se maioritariamente sozinho, mas liderando 13 coligações e apoiando nove movimentos.

PS, Partido Socialista,

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
03/08/2025 14:01 ‧ há 10 horas por Lusa

Política

Autárquicas

Quando o país foi às urnas para as últimas autárquicas, em 2021, a situação do PS era bastante diferente já que, então liderado por António Costa, estava no Governo. Venceu essas eleições, tendo então conquistado 149 câmaras (uma delas em coligação com o Livre), 1285 presidências de junta de freguesia e 163 lideranças de assembleias municipais.

 

Quatro anos volvidos, o PS tem agora José Luís Carneiro como líder - que sucedeu a Pedro Nuno Santos na sequência da pesada derrota nas legislativas antecipadas de maio -- e está agora afastado do executivo governamental, além de ter caído para terceira força no parlamento, sendo por isso estas eleições autárquicas um desafio para o partido.

"O nosso objetivo é que as pessoas continuem a olhar para o PS como o principal partido autárquico português, que tem os melhores projetos para ir ao encontro daquilo que são as necessidades dos territórios e das populações e tem os melhores protagonistas para desenvolver essa estratégia", apontou, em declarações à agência Lusa, o coordenador autárquico, André Rijo.

O PS quer continuar a liderar a ANMP e a ANAFRE, mas enfrenta o desafio de ter 47 presidentes de câmara perante a limitação de mandato, entre os quais os autarcas de Sintra, Valongo, Torres Novas ou Guimarães.

Segundo o coordenador autárquico, falta resolver a situação em três concelhos, nos quais o PS está a fazer todos os esforços para apresentar candidatura própria, mas no restante país o mapa está já fechado.

Assim, o PS vai liderar 13 coligações, apoiar nove movimentos de cidadãos e às restantes câmaras do país irá apresentar-se sozinho, em listas próprias, sendo a única exceção Vizela.

No caso de Vizela, por deliberação do plenário de militantes locais, os socialistas não vão apresentar-se a estas eleições nem apoiar ninguém, depois de o PS nacional ter decidido retirar o apoio ao presidente de câmara recandidato, Victor Hugo Salgado, na sequência de um processo de alegada violência doméstica.

Atualmente, apesar de ser o principal partido autárquico, o PS tem apenas a presidência de quatro concelhos que são capitais de distrito (Leiria, Viana do Castelo, Vila Real e Beja), estando fora da liderança de Lisboa e Porto, por exemplo.

Assim, o PS assume uma "outra camada de objetivos" que é ganhar algumas capitais de distrito, sublinhando André Rijo as "apostas fortes" feitas pelo partido com "pessoas que saíram de ministérios e que já deram provas da sua capacidade política".

Alexandra Leitão a Lisboa, Manuel Pizarro ao Porto, Ana Mendes Godinho a Sintra, Ana Abrunhosa a Coimbra ou Carlos Zorrinho a Évora, são algumas das apostas socialistas com este perfil.

O coordenador autárquico do PS considerou que a decisão do partido, ainda no tempo da liderança de Pedro Nuno Santos, de impedir que os candidatos autárquicos fossem nas listas às legislativas antecipadas "prestigia a forma como o PS encarou estas eleições".

Para André Rijo, mostra o "compromisso autárquico de querer candidaturas a tempo inteiro nos territórios", o que defendeu que diferencia o PS de partidos como o PSD e o Chega.

As 13 coligações que o PS lidera são em Lisboa, Braga, Sintra, Coimbra, Oeiras, Felgueiras, Póvoa de Varzim, Trofa, Albufeira, Ponta Delgada, Celorico de Basto, Seixal e Fronteira.

A Comissão Política Nacional deliberou que, nas coligações, o PS teria que as liderar e que não poderiam realizar-se com partidos da direita parlamentar, devendo ser "negociadas de baixo para cima e não de cima para baixo".

Em termos de apoio aos movimentos de cidadãos, os socialistas optaram por fazê-lo em nove concelhos: Aguiar da Beira, Pinhel, Batalha, Caldas da Rainha, Santiago do Cacém, Boticas, Armamar, Ribeira Brava e São Vicente.

Leia Também: Autárquicas? PSD aposta em áreas metropolitanas e coligações alargadas

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