Está encontrada a nova campeã europeia de futebol feminino. A seleção de Inglaterra voltou a conquistar, este domingo, o Campeonato da Europa da categoria, batendo na final da prova a congénere de Espanha nos penáltis, num jogo que aconteceu na cidade suíça de Basileia. As inglesas repetiram o título alcançado em 2022
Neste encontro decisivo estiveram duas equipas com histórias distintas na competição. De um lado havia a campeã europeia em título Inglaterra que mediu forças contra a seleção de Espanha, carrasco da equipa portuguesa na prova e que procurava o seu primeiro título neste Europeu feminino.
As duas seleções chegaram a esta final com vários minutos nas pernas, fruto de prolongamentos nos jogos das meias-finais, pelo que o critério ao longo de todo o tempo útil de jogo não foi o melhor.
A primeira metade da final contou com duas caras distintas. Numa primeira fase, a Inglaterra até entrou melhor na partida e conseguiu condicionar a saída de bola espanhola, ameaçando a baliza à guarda de Cata Coll num par de situações. Mas a Espanha acabou por 'acordar' e conseguiu chegar ao golo que valeu a abertura do marcador.
Numa altura em que o domínio espanhol era total, tanto com bola, como sem ela, a formação que é orientada por Montse Tomé desfez o nulo através de um golo de Mariona Caldentey, que respondeu a um cruzamento com conta, peso e medida de Ona Batlle com um cabeceamento fortíssimo que apenas terminou no fundo da baliza contrária.
Reação inglesa na segunda metade... e uma história que se repetiu
A perder no encontro, e em vias de ver fugir o que seria o segundo título consecutivo nesta competição, Inglaterra teve de correr atrás do prejuízo na segunda metade. As inglesas subiram no terreno e foram capazes de alcançar o golo do empate.
A turma de Sarina Wiegman regressou muito bem dos balneários e acabou por equilibrar as contas da partida. Foi por isso, sem surpresa, que as inglesas igualaram a contenda aos 56 minutos. Chloe Kelly recebeu a bola sobre a esquerda, puxou para o pé direito e cruzou para o coração da grande área espanhola. Alessia Russo saltou mais alto do que toda a gente e cabeceou para o fundo das redes de Cata Coll.
A partir do empate, o jogo tornou-se algo partido e foram-se sucedendo lances de perigo de parte a parte. Ainda assim, e à semelhança do que tinha acontecido na final de 2022, o jogo seguiu para prolongamento. Espanha esteve melhor nos 30 minutos de tempo extra, mas sem conseguir traduzir em golos essa superioridade. Por conta disso, a resolução do vencedor do encontro teve de ser feita com recurso ao desempate através de penáltis.
Depois do falhanço inicial de Beth Mead, que até teve de repetir a grande penalidade, Patri Guijarro deixou as espanholas a sonhar com um título que seria histórico. No entanto, o desacerto das hispânicas veio ao de cimo e as inglesas não perdoaram. Chloe Kelly, que já tinha sido a autora do penálti vencedor na edição anterior, voltou a marcar o remate certeiro que entregou o bicampeonato às britânicas.
Por seu turno, Sarina Wiegman parece estar a revelar-se uma selecionadora com queda para vencer em Europeus femininos. Depois de levar os Países Baixos ao lugar mais alto do pódio em 2017, a treinadora leva dois ceptros por Inglaterra. É, por isso, tricampeã em título.
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