Após várias semanas de subidas - e de ter atingido, na semana passada, o valor mais alto desde o ano de 2022 - o preço do cabaz alimentar caiu quase seis euros, de acordo com os dados atualizados da DECO PROTeste.
Em comunicado, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor adianta que o "cabaz essencial de 63 produtos custa esta semana 239,95 euros". São menos 5,83€ face à semana anterior.
Apesar disso, os consumidores pagam agora mais 12,86 euros do que no ano passado pelos mesmos produtos.
Entre os dias 16 e 23 de julho "existe uma diferença de menos 5,83€ quando comparado o mesmo cabaz nos dois dias", havendo assim uma subida de 2,36%. Já entre o dia 1 de janeiro e o dia 23 de julho, há uma subida de 1,6%, que se traduz numa diferença de 3,79 euros.
Por sua vez, entre o dia 5 de janeiro de 2022, quando a DECO PROteste começou a monitorizar o custo do cabaz de 63 bens alimentares, e o dia 23 de julho de 2025, a diferença é de 52,25 euros, o que perfaz um aumento de 27,84%.
Quais foram os preços que mais subiram?
Ainda na última semana, entre os dias 16 e 23 de julho, além do atum em conserva, destacam-se produtos como os bróculos (cujo preço subiu 4%) e os douradinhos em peixe (mais 3%) como os produtos cujo preço mais aumentou.
Já se olharmos à subida de preços desde o início do ano são os ovos quem mais se destaca: o seu preço subiu 28% desde dia 1 de janeiro. Também o café torrado moído aumentou 27% face ao que custava no arranque deste ano e a laranja está 21% mais cara.
A subida do preço dos ovos começou a sentir-se nos EUA, devido a escassez deste alimento, potenciada, desde logo pela gripe das aves, que originou o abate de milhões de galinhas.
No início de março, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o seu antecessor, Joe Biden, de deixar o país numa "catástrofe económica e um pesadelo de inflação", incluindo com falta de ovos em muitos supermercados ou com preços muito elevados.
Leia Também: Próxima semana traz (nova) descida dos preços dos combustíveis