Kremlin rejeita estar a atrasar negociações com a Ucrânia

O porta-voz do Kremlin afirmou hoje que não há nenhuma vontade da Rússia em atrasar as negociações com a Ucrânia em resposta às dúvidas expressas pelo enviado especial dos Estados Unidos, Keith Kellogg.

 Dmitry Peskov, Kremlin,

© Sefa Karacan/Anadolu via Getty Images

Lusa
01/07/2025 15:48 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Rússia

"Ninguém está a atrasar nada", disse Dmitri Peskov, aos meios de comunicação social, insistindo na alegada vontade de Moscovo de alcançar os objetivos da "operação militar especial", expressão usada pela Rússia para se referir à invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, através dos canais diplomáticos.

 

Peskov tinha anteriormente acusado Kiev e Washington de atrasarem eventuais progressos, numa altura em que ainda não foi convocada a terceira ronda de negociações diretas entre as autoridades russas e ucranianas.

A última reunião teve lugar a 02 de junho, em Istambul, e resultou em compromissos para facilitar a troca de prisioneiros de guerra.

Kellogg classificou as acusações russas como infundadas numa mensagem na rede social X em que reiterou o empenho do Presidente norte-americano, Donald Trump, na resolução do conflito, reiterando também o apelo para um "cessar-fogo imediato" e censurou a Rússia por continuar a atacar "alvos civis" na Ucrânia.

"As afirmações russas de que são os EUA e a Ucrânia que estão a empatar as conversações de paz não têm fundamento. O Presidente Trump tem sido coerente e inflexível quanto à realização de progressos para pôr termo à guerra. Apelamos para um cessar-fogo imediato e realização de conversações trilaterais para pôr termo à guerra", escreveu Kellogg.

Estas declarações surgiram quando o exército russo fez, no mês passado, os maiores avanços em território ucraniano desde novembro e acelerou o avanço pelo terceiro mês consecutivo, indicaram dados do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) dos Estados Unidos.

As tropas de Moscovo ocuparam 588 quilómetros quadrados (km2) do território ucraniano em junho, depois de 507 km2 em maio, 379 km2 em abril e 240 km2 em março.

Durante o inverno, o ritmo abrandou, de acordo com os mesmos dados.

Com exceção dos primeiros meses da guerra em 2022, quando a linha da frente era mais móvel, só em outubro (610 km2) e novembro (725 km2) de 2024 é que os avanços russos foram mais extensos do que em junho.

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