Uma freira brasileira, que foi afastada da liderança de quatro mosteiros em Itália depois de ter sido entregue uma carta anónima que a acusava de maus-tratos e desvio de recursos, decidiu avançar para a justiça italiana com um processo de difamação e calúnias.
De acordo com o Fantástico, a irmã Aline Pereira Ghammachi foi nomeada madre abadessa e tornou-se responsável por quatro mosteiros em diferentes regiões de Itália, em 2018. Na altura, com 34 anos, a freira revelou que o abade geral Mauro Giuseppe Lepori não teria recebido bem a notícia devido à sua beleza, tendo, mais tarde, revelado ter sido assediada por ele.
A freira, que nega todas a acusações, confessou estar a ser vítima de "perseguição".
"Desde sempre, a questão de ser jovem, de ser bonita, tudo isso já pesava. E só foi somando. 'A tua beleza não ajuda, não é boa...'. Era um contexto mais para ridicularizar”, disse.
No entanto, a viragem aconteceu em janeiro de 2023 quando foi enviada uma a carta anónima ao Papa Francisco, que dava conta de que Aline manipulava e maltratava outras freiras.
A denúncia fez com que fossem realizadas várias investigações e foram ainda feitas diversas visitas ao mosteiro, na cidade de Vittorio Veneto, onde a irmã Aline morava com outras 18 irmãs em clausura.
Há ainda uma outra acusação feita à freira que tem que ver com as finanças do mosteiro de Vêneto. Uma investigação revelou que não houve irregularidades.
Apesar de várias freiras próximas de Aline terem contestado as acusações, a irmã contou ao programa brasileiro que terá sido a freira responsável pelas noviças que escreveu a carta, juntamente com outras três.
Aline notou ainda que tem diversos 'screenshots' e vídeos que mostram que a freira, que alegadamente a acusou, navegava em sites pornográficos no computador disponível no mosteiro e também no telemóvel.
Note-se que a freira, agora com 41 anos, deixou o seu cargo nos mosteiros oitos dias depois de o Papa Francisco morrer, no final de abril. No dia seguinte, cinco freiras decidiram fugir "por forte tensão psicológica", acompanhado assim Aline.
"Nós nos sentimos tratadas como se fossemos mafiosas, vigiadas como num campo de concentração", referiu uma das irmãs que fugiu.
Aline e as restantes irmãs decidiram avançar com um processo no tribunal penal de Treviso por calúnias e difamação contra o abade geral e contras as irmãs que alegadamente terão escrito a carta anónima. A acusada salientou ainda que também irá processar Mauro Giuseppe Lepori por assédio sexual e moral.
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