Milei vai recorrer da decisão que obriga Argentina a entregar 51% da YPF

O Presidente da Argentina, Javier Milei, disse hoje que vai recorrer da decisão de uma juíza de Nova Iorque que força o Estado argentino a entregar 51% da sua participação na empresa petrolífera YPF.

Presidente da Argentina, Javier Milei,

© Simona Granati - Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
30/06/2025 23:46 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Argentina

"Todos os argentinos devem saber que vamos recorrer desta decisão em todas as instâncias apropriadas para defender os interesses nacionais", escreveu Milei na rede social X.

 

A juíza norte-americana Loretta Preska determinou hoje que a Argentina deve transferir as suas ações da YPF para uma conta global de custódia num banco de Nova Iorque dentro de 14 dias.

Sem detalhar os argumentos com os quais a Argentina vai recorrer da decisão adotada na hoje por Preska, Milei centrou a sua mensagem em criticar o atual governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, que em 2012, quando o então Governo de Cristina Fernández (2007-2015) ordenou a nacionalização da YPF, ocupava o cargo de ministro da Economia da Argentina.

Em 2023, Preska condenou o Estado argentino a pagar 16,1 mil milhões de dólares às empresas Burford e Eton Park.

A condenação decorreu da decisão do Estado argentino, em 2012, de expropriar 51% das ações da YPF à espanhola Repsol sem fazer uma oferta pública de aquisição a outros acionistas minoritários da maior empresa petrolífera argentina.

O caso teve início em 2015, quando a empresa britânica Burford Capital e a empresa norte-americana Eton Park interpuseram a ação judicial depois de adquirirem os direitos de litígio de duas empresas constituídas em Espanha que faliram: a Petersen Energía Inversora e a Petersen Energía.

Estas duas empresas pertenciam anteriormente ao grupo argentino Petersen - propriedade da família Eskenazi - que detinha uma participação de 25% na YPF no momento da nacionalização e não participou no processo em Nova Iorque.

Burford e Eton Park pediram uma indemnização de milhões de euros no processo, argumentando que o Estado argentino deveria ter lançado uma oferta pública de aquisição das restantes ações que não pertenciam à Repsol.

A Argentina argumentou durante o julgamento que a lei de nacionalização da YPF aprovada pelo parlamento em 2012, a pedido do então Governo de Cristina Fernández, impedia o Estado de adquirir ações adicionais.

Na sua mensagem no X, Milei afirmou que "ter chegado a esta situação no país é da responsabilidade direta do inútil soviético Axel Kicillof quando era ministro da Economia".

"Passaram mais de 10 anos e os argentinos continuam a sofrer as consequências do pior governo da história da Argentina", afirmou.

Depois de a decisão da juíza ter sido tornada pública, as ações da YPF caíram quase 5% em Wall Street.

Leia Também: Governo argentino facilita a civis "aquisição de armas semiautomáticas"

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