Reeves disse que os novos aumentos serão provavelmente mais pequenos, mas que tem opções limitadas, explicando que os impostos têm de aumentar para cobrir o custo das reformas da segurança social, noticia hoje a comunicação social britânica.
Os comentários da chanceler do Tesouro vão mais longe do que as suas últimas declarações públicas, que têm sido menos explícitas quanto à perspetiva de aumento dos impostos.
A permanência de Reeves como chefe das Finanças do Reino Unido e a sua reputação de disciplina fiscal estiveram no centro de forte queda nos mercados financeiros britânicos esta semana, depois de uma câmara de televisão a filmar em lágrimas no Parlamento, o que levou a especulações de que poderia estar de saída do Governo de Keir Starmer, na sequência de fracassos recentes na reforma da segurança social.
Reeves afirmou que não pode excluir aumentos de impostos no Orçamento previsto para o próximo outono e que nunca pensou em demitir-se, reconhecendo, no entanto, que tinha sido uma semana "prejudicial" para o Governo de Starmer, segundo o The Guardian, que citou a chanceler numa entrevista ao The Times hoje nas bancas.
Reeves disse que lamentava ter ido para a sessão parlamentar em lágrimas, depois de um "dia difícil no escritório", mas esperava que as pessoas se pudessem identificar com a sua angústia, noticiou o Guardian.
"Era uma questão pessoal, mas foi sob o olhar da câmara", disse. "E isso é lamentável, mas acho que as pessoas viram que estou de volta ao trabalho e que estou de volta ao ativo".
Os mercados recuperaram depois de Starmer ter garantido publicamente que Reeves permaneceria no seu cargo durante "muitos anos" e de Reeves ter renovado o compromisso com a disciplina orçamental, afirmando que esta é uma condição para a estabilidade económica do Reino Unido.
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