Pequim prevê aprofundamento do diálogo com os EUA após encontro com Rubio

O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, afirmou hoje que a reunião com o homólogo norte-americano, Marco Rubio, realizada na sexta-feira em Kuala Lumpur, criou condições para aprofundar os contactos bilaterais, num momento de crescentes fricções comerciais.

Wang Yi

© MANDEL NGAN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
14/07/2025 08:44 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

China

Segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang considerou que o encontro contribuiu para gerir as diferenças entre Pequim e Washington, reconhecendo que ambos os lados representam "a relação bilateral mais importante do mundo", com impacto global.

 

"A reunião foi construtiva, com ambas as partes a envolverem-se num diálogo em pé de igualdade e num espírito de respeito mútuo", afirmou Wang, citado na mesma nota.

"Creio que permitiu melhorar a compreensão dos Estados Unidos sobre a China e preparou o terreno para a próxima fase de contactos entre as equipas diplomáticas dos dois países", acrescentou.

O comunicado indica que Wang falou aos jornalistas após participar nas reuniões da ASEAN e em encontros relacionados com o Leste Asiático, realizados na capital da Malásia, sem especificar o local exato da conversa com Rubio.

Segundo o chefe da diplomacia chinesa, o encontro de sexta-feira serviu para reforçar o diálogo, evitar equívocos, gerir divergências e ampliar a cooperação sino-americana.

O encontro decorreu num contexto de renovada tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Desde que Donald Trump regressou à presidência dos Estados Unidos, em janeiro, a administração norte-americana tem endurecido a sua política económica face à China, impondo novas tarifas sobre produtos chineses de sectores estratégicos como veículos elétricos, baterias, semicondutores e minerais críticos.

Pequim reagiu com medidas de retaliação, incluindo controlos à exportação de metais essenciais para a indústria tecnológica global, como o gálio e o germânio, e novas restrições às exportações de terras raras.

Em paralelo, ambos os países concordaram, em meados de maio, com uma trégua comercial de 90 dias, que tem permitido negociações técnicas para tentar evitar uma escalada tarifária generalizada.

Leia Também: China enaltece "valor estratégico" inigualável das relações com a Rússia

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas