O primeiro-ministro israelita e diversos outros ministros terão criticado o plano das Forças de Defesa de Israel para a criação de uma "cidade humanitária" - nomeadamente, o tempo de construção e o investimento a ser feito.
A informação é avançada pelo Haaretz, que diz que a discórdia aconteceu em Rafah, no sul de Gaza, durante uma reunião do gabinete de segurança este domingo.
A fonte citada diz que tanto Netanyahu como os ministros argumentaram que a cronologia apresentada pelas forças israelitas é "irrazoável". A "cidade humanitária" proposta pelo ministro da defesa de Israel demoraria, segundo esta cronologia, um ano a ser completa.
O governo israelita considera que a situação é urgente e que, por isso, o projeto não pode demorar tanto tempo a ser concretizado. O objetivo, diz o ministro da defesa, é criar uma zona segura para proteger o povo palestiniano e, assim, conseguir uma solução rápida para a crise humanitária em Gaza.
A mesma fonte disse ainda ao Haaretz que as Forças de Defesa israelitas estimaram um custo de mais que ascendia os mil milhões de shekels (moeda oficial de Israel), ao que Netanyahu e os seus ministros responderam que seria demasiado caro.
A informação vai ao encontro do que foi noticiado também pelo Ynet que corrobora que a "cidade humanitária" deve demorar mais de um ano a ser construída e acrescenta que durante a reunião de domingo as forças israelitas estimaram que o custo do projeto estaria entre os 10 e 15 mil milhões de dólares.
O mesmo órgão cita ainda funcionários que estiveram presentes na reunião e que relataram que o primeiro-ministro de Israel ficou “furioso” com o relatório. Netanyahu terá pedido ainda que as forças israelitas apresentassem um plano “mais pequeno, barato e prático”.
A criação de uma “cidade humanitária” tem gerado diversas críticas de especialistas e advogados em direito internacional, com muitos a acusarem Israel de querer construir um campo de concentração. É o caso do antigo primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, que afirma ainda que Israel quer levar a cabo uma limpeza étnica.
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