"Pedimos orações, atenção e ação do mundo, especialmente dos cristãos em todo o mundo", exortou o patriarca ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III, num comunicado conjunto do Conselho, composto pelos líderes das diferentes ramificações do cristianismo na Terra Santa.
"A Igreja tem uma presença de fé nesta região há cerca de 2000 anos. Rejeitamos firmemente a mensagem de exclusão e reafirmamos o nosso compromisso com a Terra Santa, que é um mosaico de diferentes credos, vivendo pacificamente unidos, em dignidade e segurança", frisou o religioso.
Os líderes religiosos exigiram, além disso, que os colonos israelitas que atacam diariamente a cidade, e que na passada segunda-feira incendiaram os arredores da igreja de São Jorge, sejam levados à justiça.
"A cada dia fica mais claro que não há lei. A única lei é o poder", denunciou o patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa, a respeito dos ataques dos israelitas que habitam os colonatos ilegais nos arredores de Taybeh.
A localidade é a última composta totalmente por cristãos palestinianos na Cisjordânia e está situada perto da cidade que é a sede política de Ramallah, no centro do enclave.
Os patriarcas denunciaram que, nos últimos meses, os "radicais" israelitas têm levado o gado para as terras dos cristãos a leste de Taybeh, a zona agrícola da cidade entretanto tornada inacessível aos seus proprietários, danificando as oliveiras, das quais as famílias dependem.
"No mês passado, várias casas foram atacadas por esses radicais, que provocaram incêndios e ergueram um cartaz que, traduzido para o inglês, dizia: 'Não há futuro aqui para vocês'", indicou Teófilo III lembrando um incidente ocorrido a 26 de junho.
Numa conferência de imprensa lotada de jornalistas, tanto palestinianos como internacionais e alguns israelitas, os patriarcas denunciaram que os ataques "fazem claramente parte dos ataques sistemáticos" na região.
O cardeal Pizzaballa referiu que os líderes cristãos de Taybeh denunciaram esses ataques ao COGAT, o órgão militar israelita responsável por assuntos civis nos territórios ocupados de Gaza e Cisjordânia, mas que este não agiu.
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