Os médicos suecos estão a emitir um alerta depois de um caso clínico raro, que afetou uma bebé de 10 meses.
Segundo conta o Daily Mail, uma bebé ganhou um micropénis depois de ter passado demasiado tempo no peito do seu pai e em contacto com elevados níveis de testosterona.
O caso relatado por médicos suíços refere que a menina dormia ao peito do pai, numa prática que é até aconselhável e que se conhece como contacto pele com pele.
Contudo, neste caso, o pai andava a usar um gel à base de testosterona, ou seja, um produto artificial da hormona sexual masculina.
O gel em causa é prescrito para homens que queiram combater baixos níveis de energia e de desejo sexual, sintomas comuns da andropausa.
Ao deitar a bebé no seu peito, sobre o produto, involuntariamente, expôs a filha a níveis anormais e elevados de testosterona.
Isto levou a alterações profundas nos seus órgãos genitais, com o clítoris a ficar mais sobressaído, parecendo um pequeno pénis, e os lábios a fecharem-se, assemelhando-se a um escroto masculino.
Os pais preocupados levaram-na ao médico assim que se aperceberam que havia algo de estranho a acontecer com a filha. Os médicos sujeitaram-na a análises ao sangue, através das quais foi rapidamente possível perceber onde estava a origem do problema.
Felizmente, o caso foi diagnosticado com rapidez suficiente para conseguir reverter a situação. O homem interrompeu de imediato o uso do creme e a genitália da menina acabou por regressar progressivamente ao normal.
O caso foi reportado há oito anos e Jovanna Dahlgren, especialista em endocrinologia pediátrica, no Sahlgrenska University Hospital, em Gotemburgo, revela que este caso é apenas um de cerca de meia dúzia que foram registados.
Entre esses casos, consta, por exemplo, a de um menino de 10 anos, que começou a ver os seios crescer, devido a um tratamento de hormonas que a mãe estava a fazer.
A especialista quer que estes casos sirvam como alerta pois em todos eles os pais não estavam cientes de que podiam estar a pôr em risco as crianças com os seus habituais tratamentos.
"Penso que as pessoas nem sempre entendem o quão potentes estes tratamentos são", refere Jovanna Dahlgren.
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