O encontro, que assinala os 50 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre Pequim e a então Comunidade Económica Europeia, realiza-se num contexto de tensões crescentes, sobretudo em matéria comercial e no plano geopolítico, devido à parceria estreita entre a China e a Rússia.
"O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deslocar-se-ão à China em 24 de julho", anunciou o ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.
"O Presidente Xi Jinping vai reunir-se com ambos. O primeiro-ministro Li Qiang e os dois líderes da UE copresidirão à 25.ª cimeira China--UE", acrescentou.
As relações entre Bruxelas e Pequim têm sido marcadas, nos últimos três anos, por uma série de disputas em setores como os automóveis elétricos, a indústria ferroviária, os painéis solares e as turbinas eólicas.
A UE receia que o excesso de capacidade de produção industrial chinesa, alimentado por subsídios públicos, agrave o já significativo défice comercial e leve a uma vaga de produtos a baixo custo a invadir o mercado europeu, afetando a competitividade das empresas do bloco.
Durante a cimeira, os dirigentes europeus deverão também tentar obter um alívio das restrições chinesas à exportação de terras raras -- minerais essenciais na produção de telemóveis, veículos elétricos e outros equipamentos de alta tecnologia.
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